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Vatileaks: Paolo Gabriele não vai apelar da condenação

O mordomo do Papa foi condenado a 18 meses de prisão pelo vazamento de documentos confidenciais


	O mordomo do Papa, Paolo Gabriele (C), em seu julgamento no Vaticano: um perdão do Papa ainda é aguardado
 (AFP)

O mordomo do Papa, Paolo Gabriele (C), em seu julgamento no Vaticano: um perdão do Papa ainda é aguardado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 15h03.

Vaticano - O mordomo do Papa, Paolo Gabriele, não vai apelar da sentença de 18 meses de prisão pronunciada contra ele no sábado pelo tribunal do Vaticano no escândalo pelo vazamento de documentos confidenciais, o "Vatileaks", informou uma fonte judicial.

Segundo esta fonte, a advogada Cristiana Arru não apresentou apelação dentro do tempo determinado, que era de três dias desde a condenação. Serão concedidos mais alguns dias para que ela apresente os motivos.

Um perdão do Papa ainda é aguardado. O porta-voz da Santa Sé havia indicado esta possibilidade logo após o veredicto, no último sábado, considerando-a "muito concreta e provável".

O anúncio de perdão deve vir por meio de um comunicado da Santa Sé. O Papa é o único que decide quando será anunciado.

A princípio, não há recurso, Gabriele deverá ir para a cadeia na Itália, já que o Vaticano não tem uma prisão.

É improvável que este anúncio seja feito durante as cerimônias do cinquentenário do Conselho e da abertura do Ano da Fé. A Santa Sé não quer chamar a atenção da mídia neste momento com um processo judicial envolvendo o Vaticano.

O mordomo, que foi condenado por roubo agravado, permanece em prisão domiciliar, na casa onde vive com sua esposa e três filhos.

O tribunal, ao pronunciar o seu veredicto, não aceitou um pedido da Procuradoria, que solicitava uma "proibição permanente, mas limitada" de exercer a responsabilidade na administração pública do Vaticano.

De acordo com fontes citadas pela agência italiana Ansa, o Vaticano procura uma solução para que Gabriele continue a trabalhar. Ele continua a receber seu salário, mesmo estando suspenso.

Alguns especialistas consideram que Gabriele pode fazer mais revelações se for libertado em breve, principalmente se permanecer na Itália e se não tiver nenhum vínculo com o Vaticano.

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