Mundo

Vaticano vai proteger obra de Michelangelo na Capela Sistina

Cerca de seis milhões de pessoas visitam anualmente a capela, em cujo teto e fundos estão os famosos afrescos de Michelangelo

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2014 às 16h44.

Vaticano - O pó, o suor e o dióxido de carbono que penetram na Capela Sistina por meio da grande quantidade de turistas que visitam o local diariamente ameaçam os afrescos de Michelangelo, disse nesta semana o Vaticano, enquanto espera que um novo sistema de ar condicionado e de iluminação ajude a protegê-los.

Cerca de seis milhões de pessoas visitam anualmente a capela, em cujo teto e fundos estão os famosos afrescos de Michelangelo, uma das maravilhas da civilização ocidental com mais de 500 anos de antiguidade.

A quantidade de visitantes que entram na capela - sede dos conclaves secretos nos quais os papas são eleitos - pode chegar a 20 mil por dia no verão. A cifra cresceu 300 por cento desde 1980, quando 1,5 milhão de pessoas visitavam o lugar por ano, disse o chefe dos museus do Vaticano, Antonio Paolucci.

"Hoje, a Capela Sistina corre o risco de ser vítima do seu próprio sucesso", disse Paolucci em nota no jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano.

"Seis milhões de visitantes é um número impressionante, mas objetivamente perigoso para a conservação apropriada dos afrescos", acrescentou.

Paolucci justificou a sua postura.

"Isso produz uma mistura de pó que entra de fora, transpiração corporal e dióxido de carbono que acaba subindo até a superfície dos afrescos e com o tempo pode danificá-los", explicou.

As obras para instalar um novo sistema de ar condicionado e iluminação começaram na quarta-feira e vai funcionar a partir de outubro. Os afrescos, inaugurados em outubro de 1512 pelo papa Julio 2º, foram restaurados durante 14 anos, um trabalho que terminou em 1994.

Paolucci disse que o atual sistema de ar condicionado, desumidificação, extração de pó, filtro e controles de microclimas foi projetado para um número muito menor de visitantes.

O Vaticano não informou o valor do novo sistema, mas disse que será doado pelas empresas envolvidas.

Acompanhe tudo sobre:ArteHistóriaMuseusPaíses ricosVaticano

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA