Basílica de São Pedro, no Vaticano (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 14h09.
Cidade do Vaticano - A crise econômica e o aumento das despesas pesam sobre o balanço provisório consolidado da Santa Sé para o ano de 2011, como informou nesta quinta-feira o Vaticano que detalhou perceber "sinais de recuperação".
Nos dias 15 e 16 de fevereiro reuniu-se no Vaticano o Conselho de Cardeais para o estudo das questões econômicas e de organização da Santa Sé, presidido pelo secretário de Estado ("primeiro-ministro"), o cardeal Tarcisio Bertone.
O objetivo, detalhou o Vaticano, foi analisar o balanço provisório consolidado da Santa Sé e o do Estado da Cidade do Vaticano.
O Vaticano distingue entre a Santa Sé, que inclui os dicastérios - ministérios - e organismos anexos, assim como as nunciaturas (embaixadas pelo mundo), e o Estado da Cidade do Vaticano, onde está a alta a Basílica de São Pedro e estão, entre outros, os Museus Vaticanos.
À reunião assistiram, entre outros, o cardeal prefeito regional de Assuntos Econômicos da Santa Sé, Velasio de Paolis, e o governador do Estado da Cidade do Vaticano, o cardeal Giovanni Lajolo.
O Estado da Cidade do Vaticano tem uma administração independente da Santa Sé. "O quadro que emerge dos dois balanços é que, embora na presença de claros sinais de recuperação, se ressente ainda da incerteza do sistema econômico global e do aumento dos custos de gestão", garantiu o Vaticano em comunicado, no qual não facilitou números.
A Santa Sé fechou 2009, últimos dados divulgados em julho do ano passado, com perdas de 4,1 milhões de euros, e o Estado da Cidade do Vaticano o fez com resultado negativo de 7,8 milhões de euros.
Nos dicastérios e outros organismos da Santa Sé trabalham 2.762 pessoas, destes 766 eclesiásticos, 344 religiosos e 1.652 laicos.
No Estado da Cidade do Vaticano, o menor do mundo com apenas dois quilômetros quadrados, trabalham 1.891 pessoas, destas 38 religiosos, 27 religiosas, 1.543 laicos e 283 laicas.