Vaticano nega ligação de papa com ditadura na Argentina
Em ofensiva para limpar o nome do novo papa, Vaticano classifica acusações como "caluniosas e difamatórias". Uma das acusações diz respeito ao sequestro de dois padres
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2013 às 09h52.
São Paulo - Pressionado pela polêmica em torno da suposta colaboração de Jorge Mario Bergoglio com organismos de repressão da ditadura militar da Argentina, o Vaticano lançou ontem uma ofensiva para livrar o nome do religioso das denúncias. O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, definiu as acusações como "caluniosas e difamatórias" e promovidas por grupos ideológicos "anticlericais de esquerda" para atacar a imagem da Igreja.
O pronunciamento foi o primeiro movimento oficial do Vaticano para responder as críticas que ganharam novo fôlego após o fim do conclave, na quarta-feira à noite, que resultou na unção de Bergoglio como pontífice.
Uma das acusações diz respeito a suposta omissão em caso envolvendo o sequestro de dois padres jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, em 1976. Bergoglio, então com 39 anos, era o superior direto de ambos. Yorio e Jalics teriam recebido uma ordem para deixar Buenos Aires, a qual teriam desobedecido. Três meses após o golpe militar promovido pelo general Jorge Videla, os padres foram sequestrados. Para os críticos de Bergoglio, a exclusão dos dois teria sido interpretada pela ditadura como uma autorização implícita para realizar o sequestro.
O porta-voz da Santa o defendeu. "Nunca houve uma acusação concreta e credível ao seu encontro. A Justiça argentina o interrogou uma vez, mas apenas como pessoa conhecedora dos eventos. Mas ele nunca foi imputado por nada." De acordo com o Vaticano, Francisco teria respondido às acusações "de forma fundamentada, com provas".
O cardeal de Viena, Christoph Schönborn, negou as especulações sobre o suposto passado obscuro do papa. "Eu não sei de detalhes de sua relação com o governo. Mas sei que isso não procede", disse. O arcebispo de Santiago, Javier Errázuriz Ossa, também saiu em defesa de Bergoglio. "Um homem com tal coração jamais estaria envolvido em nada desse estilo", declarou.
São Paulo - Pressionado pela polêmica em torno da suposta colaboração de Jorge Mario Bergoglio com organismos de repressão da ditadura militar da Argentina, o Vaticano lançou ontem uma ofensiva para livrar o nome do religioso das denúncias. O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, definiu as acusações como "caluniosas e difamatórias" e promovidas por grupos ideológicos "anticlericais de esquerda" para atacar a imagem da Igreja.
O pronunciamento foi o primeiro movimento oficial do Vaticano para responder as críticas que ganharam novo fôlego após o fim do conclave, na quarta-feira à noite, que resultou na unção de Bergoglio como pontífice.
Uma das acusações diz respeito a suposta omissão em caso envolvendo o sequestro de dois padres jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, em 1976. Bergoglio, então com 39 anos, era o superior direto de ambos. Yorio e Jalics teriam recebido uma ordem para deixar Buenos Aires, a qual teriam desobedecido. Três meses após o golpe militar promovido pelo general Jorge Videla, os padres foram sequestrados. Para os críticos de Bergoglio, a exclusão dos dois teria sido interpretada pela ditadura como uma autorização implícita para realizar o sequestro.
O porta-voz da Santa o defendeu. "Nunca houve uma acusação concreta e credível ao seu encontro. A Justiça argentina o interrogou uma vez, mas apenas como pessoa conhecedora dos eventos. Mas ele nunca foi imputado por nada." De acordo com o Vaticano, Francisco teria respondido às acusações "de forma fundamentada, com provas".
O cardeal de Viena, Christoph Schönborn, negou as especulações sobre o suposto passado obscuro do papa. "Eu não sei de detalhes de sua relação com o governo. Mas sei que isso não procede", disse. O arcebispo de Santiago, Javier Errázuriz Ossa, também saiu em defesa de Bergoglio. "Um homem com tal coração jamais estaria envolvido em nada desse estilo", declarou.