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Vaticano nega acordo com regime fascista italiano

O jornal britânico "The Guardian" por reportagem que acusa a Santa Sé de ter criado império imobiliário graças a dinheiro dado por Benito Mussolini


	Praça de São Pedro, no Vaticano: "Os Pactos Lateranenses não foram um acordo vergonhoso entre a Igreja Católica e o fascismo", disse o diretor do jornal, Gian María Vian.
 (REUTERS World)

Praça de São Pedro, no Vaticano: "Os Pactos Lateranenses não foram um acordo vergonhoso entre a Igreja Católica e o fascismo", disse o diretor do jornal, Gian María Vian. (REUTERS World)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 16h03.

Vaticano - O Vaticano respondeu nesta terça-feira ao jornal britânico "The Guardian" por reportagem que acusa a Santa Sé de ter criado império imobiliário graças a dinheiro dado por Benito Mussolini, em troca de reconhecimento do regime fascista, afirmando que se trata de uma acusação mentirosa.

"Vaticano, finanças e fascismo, tudo condimentado com secretismo: esses são os ingredientes de uma suposta matéria exclusiva do "The Guardian", replicada pela imprensa e que não merecia atenção, já que se tratam de notícias imprecisas e infundadas", publicou hoje o jornal vaticano "L"Osservatore Romano".

Em artigo intitulado "Não se deve maltratar a história", o diretor do jornal, Gian María Vian, é quem afirma que a reportagem é "inconsistente".

"É preciso pouco para lembrar que os Pactos Lateranenses de 1929 (que precederam a criação do Estado do Vaticano) contemplavam também um convênio financeiro. Segundo esse acordo, Itália indenizava a Santa Sé com 750 milhões de liras e 1 bilhão em títulos, o equivalente a 1,2 bilhões de euros", explicou.

Segundo Vian, os valores são muito menores do que os devidos pelo governo italiano. "Os Pactos Lateranenses não foram um acordo vergonhoso entre a Igreja Católica e o fascismo, pelo contrário, foi uma solução necessária e equilibrada".

Vian também nega as "supostas" atividades contrárias ao eixo aliado, publicadas pelo jornal britânico. O jornalista afirma que documentos do Arquivo Nacional britânico confirmam que através de "legítimos investimentos em tempos de guerra realizados especialmente nos EUA, a Santa Sé ajudou os aliados contra o nazismo". 

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