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Variante Ômicron: Japão suspende reserva de voos para entrar no país

O Japão endureceu as já severas medidas nas fronteiras, com a proibição de entrada de cidadãos não japoneses procedentes de 10 países do sul da África

 (PHILIP FONG/AFP/Getty Images)

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Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 06h30.

Última atualização em 1 de dezembro de 2021 às 06h42.

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O governo japonês solicitou às companhias aéreas que não aceitem novas reservas de passagens para voos de entrada no país durante um mês devido à preocupação com a variante ômicron, informou nesta quarta-feira (1) o ministério dos Transportes.

O país confirmou na terça-feira o primeiro caso detectado da nova variante e nesta quarta-feira, pouco antes de anunciar a suspensão de voos, anunciou um segundo caso detectado em um passageiro que desembarcou em Tóquio.

"Pedimos às companhias aéreas que parem de aceitar as reservas para novos voos de entrada durante um mês, a partir de 1º de dezembro", declarou à AFP uma fonte do ministério dos Transportes. Ele explicou que as reservas existentes não serão afetadas.

O governo nipônico endureceu as já severas medidas nas fronteiras, com a proibição de entrada de cidadãos não japoneses procedentes de 10 países do sul da África.

Também reforçou as medidas de quarentena para os japoneses e os residentes estrangeiros procedentes de outros países e territórios após a detecção da ômicron.

As autoridades japonesas informaram um segundo caso da variante em um passageiro que chegou do Peru em novembro. O primeiro, anunciado na terça-feira, foi um homem que desembarcou procedente da Namíbia.

Após um forte aumento de casos no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), o Japão registra poucas infecções a nível nacional e acumula 18.360 mortes durante toda a pandemia.

De acordo com o governo, 77% da população japonesa está vacinada e nesta quarta-feira começaram a ser aplicadas doses de reforço em quem recebeu a segunda injeção há pelo menos oito meses.

Efeito na economia

A economia global pode sofrer um golpe com a variante ômicron da covid-19, dizem economistas. Os gastos com turismo provavelmente enfraquecerão, e talvez o mesmo ocorra com os gastos com restaurantes e com as compras nas lojas.

Do lado da oferta, a nova variante poderia manter os trabalhadores em casa, restringindo ainda mais a capacidade das fábricas de fornecer produtos para atender à demanda, o que prejudicaria as redes globais de abastecimento e alimentaria uma inflação mais forte.

Vários economistas disseram que é muito cedo para dizer que efeito a variante Ômicron teria sobre a redução gradual das compras de títulos e planos de taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). Ainda assim, a Ômicron pode complicar as perspectivas de inflação e o plano do Fed de reduzir suas compras de ativos a partir deste mês.

No entanto, em comparação com a onda inicial de covid-19, em março de 2020, e a variante Delta neste verão do Hemisfério Norte, a ameaça da Ômicron para as economias provavelmente será menos severa, em parte porque cada nova cepa de vírus teve um impacto econômico reduzido.

As taxas de vacinação estão muito mais altas do que no início do ano, o que provavelmente reduzirá os riscos à saúde apresentados pela cepa. Os governos têm menos probabilidade de impor paralisações generalizadas do que no início da pandemia, dada a resistência política e as novas informações sobre quais medidas são mais eficazes para conter o vírus.

"É necessário um boom em um boom", disse Diane Swonk, economista-chefe da empresa de consultoria e contabilidade Grant Thornton LLP. "Temos muito ímpeto e isso ajuda".

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