Vargas Llosa recusa oferta para presidir Cervantes
Já é a segunda vez que o Prêmio Nobel recusa presidir o instituto com o qual colabora há 16 anos
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 07h21.
Madri - O escritor peruano Mario Vargas Llosa recusou pela segunda vez a proposta do Governo espanhol para presidir o Instituto Cervantes, mas reiterou sua disposição em continuar colaborando com a instituição, como faz há 16 anos.
A informação foi confirmada à Agência Efe por fontes do Governo, que revelaram que o Prêmio Nobel de Literatura 2010 enviou uma carta ao presidente do Executivo explicando sua decisão. Esta é a segunda vez que Vargas Llosa, de 75 anos, recusa o mesmo convite.
Na quarta-feira foi anunciado que o atual Governo de Mariano Rajoy havia proposto ao escritor assumir o Cervantes, criado em 1991 com o objetivo de promover a língua espanhola. Atualmente existem 77 unidades em 44 países nos cinco continentes.
Vargas Llosa era para o Executivo espanhol o candidato ideal para representar a língua espanhola no mundo todo: o escritor tem a nacionalidade espanhola desde 1993 e um grande prestígio internacional.
O convite foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, e o titular da Educação e Cultura, José Ignacio Wert, que falaram da grande satisfação que seria para eles se o autor de 'A cidade e os cachorros' aceitasse o cargo.
Durante dois dias Vargas Llosa, que está em Londres em uma visita particular, não havia se pronunciado sobre a oferta até a divulgação nesta sexta-feira a partir do Governo de sua decisão.
Esta é a segunda vez que o Prêmio Nobel recusa a oferta. Em 1996 o então presidente do Governo, José María Aznar, fez a ele proposta similar.
Naquela ocasião, o escritor argumentou que poderia servir 'mais à Espanha, à cultura e ao Governo de Aznar, conservando a independência e liberdade' que tinha tido até então.
Agora, Vargas Llosa reiterou ao Executivo sua disposição em continuar colaborando com o Instituto Cervantes, do que é, há 20 anos, membro do Patronato, um órgão reitor cuja Presidência de honra é ocupada pelo rei Juan Carlos.
O escritor participou de inúmeras atividades do Instituto Cervantes como a viagem que fez há poucos meses para promover a língua espanhola no Japão e na China.
Grande renovador da narrativa em espanhol, os romances de Vargas Llosa seduziram milhões de pessoas no mundo.
Sua produção literária começou com obras emblemáticas como 'A cidade e os cachorros', 'A Casa Verde' e 'Conversa na Catedral' nos anos 60, que deram passagem a 'A guerra do fim do mundo', 'O falador', 'A festa do bode', 'O paraíso na outra esquina' e mais recentemente a 'Travessuras de uma menina má'.
Este conjunto de obras o consagrou como um dos grandes escritores latino-americanos e o fizeram merecedor de inúmeros prêmios, que culminou com o Nobel recebido em 2010.
Suas qualidades como romancista, ensaísta, articulista e autor de peças de teatro já foram reconhecidos com outros prêmios como o Príncipe de Astúrias e Cervantes (1994).
Madri - O escritor peruano Mario Vargas Llosa recusou pela segunda vez a proposta do Governo espanhol para presidir o Instituto Cervantes, mas reiterou sua disposição em continuar colaborando com a instituição, como faz há 16 anos.
A informação foi confirmada à Agência Efe por fontes do Governo, que revelaram que o Prêmio Nobel de Literatura 2010 enviou uma carta ao presidente do Executivo explicando sua decisão. Esta é a segunda vez que Vargas Llosa, de 75 anos, recusa o mesmo convite.
Na quarta-feira foi anunciado que o atual Governo de Mariano Rajoy havia proposto ao escritor assumir o Cervantes, criado em 1991 com o objetivo de promover a língua espanhola. Atualmente existem 77 unidades em 44 países nos cinco continentes.
Vargas Llosa era para o Executivo espanhol o candidato ideal para representar a língua espanhola no mundo todo: o escritor tem a nacionalidade espanhola desde 1993 e um grande prestígio internacional.
O convite foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, e o titular da Educação e Cultura, José Ignacio Wert, que falaram da grande satisfação que seria para eles se o autor de 'A cidade e os cachorros' aceitasse o cargo.
Durante dois dias Vargas Llosa, que está em Londres em uma visita particular, não havia se pronunciado sobre a oferta até a divulgação nesta sexta-feira a partir do Governo de sua decisão.
Esta é a segunda vez que o Prêmio Nobel recusa a oferta. Em 1996 o então presidente do Governo, José María Aznar, fez a ele proposta similar.
Naquela ocasião, o escritor argumentou que poderia servir 'mais à Espanha, à cultura e ao Governo de Aznar, conservando a independência e liberdade' que tinha tido até então.
Agora, Vargas Llosa reiterou ao Executivo sua disposição em continuar colaborando com o Instituto Cervantes, do que é, há 20 anos, membro do Patronato, um órgão reitor cuja Presidência de honra é ocupada pelo rei Juan Carlos.
O escritor participou de inúmeras atividades do Instituto Cervantes como a viagem que fez há poucos meses para promover a língua espanhola no Japão e na China.
Grande renovador da narrativa em espanhol, os romances de Vargas Llosa seduziram milhões de pessoas no mundo.
Sua produção literária começou com obras emblemáticas como 'A cidade e os cachorros', 'A Casa Verde' e 'Conversa na Catedral' nos anos 60, que deram passagem a 'A guerra do fim do mundo', 'O falador', 'A festa do bode', 'O paraíso na outra esquina' e mais recentemente a 'Travessuras de uma menina má'.
Este conjunto de obras o consagrou como um dos grandes escritores latino-americanos e o fizeram merecedor de inúmeros prêmios, que culminou com o Nobel recebido em 2010.
Suas qualidades como romancista, ensaísta, articulista e autor de peças de teatro já foram reconhecidos com outros prêmios como o Príncipe de Astúrias e Cervantes (1994).