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Vacinação obrigatória contra covid-19 entra em vigor no Equador

O Equador é o sétimo país da América Latina com o maior número de mortes por covid-19, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais.

Equador: A capital equatoriana, com 2,7 milhões de habitantes, já alcançou 90% de cobertura de vacinal, segundo dados oficiais. (AFP/AFP)

Equador: A capital equatoriana, com 2,7 milhões de habitantes, já alcançou 90% de cobertura de vacinal, segundo dados oficiais. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de dezembro de 2021 às 15h33.

O Equador começou nesta sexta-feira(24) a implementar a vacinação contra covid-19 obrigatória a partir dos cinco anos de idade, com baixa frequência nos centros de imunização, constataram repórteres da AFP.

Neste feriado de Natal no Equador, os postos de vacinação registraram um movimento baixo. No entanto, as ruas e em shoppings centers estavam lotados de pessoas em busca das últimas compras.

A capital equatoriana, com 2,7 milhões de habitantes, já alcançou 90% de cobertura de vacinal, segundo dados oficiais.
“Como cidadãos conscientes deveríamos nos vacinar voluntariamente, sem sermos obrigados”, disse à AFP o professor Francisco Toro, 42 anos, em um posto de saúde no centro da capital.

O Equador, primeiro país latino-americano a tornar essa imunização obrigatória, registra mais de 540.000 casos confirmados de covid-19 (3.061 por 100.000 habitantes) e 33.641 mortes (191 por 100.000 habitantes), segundo dados oficiais divulgados pela AFP .

A pandemia de coronavírus foi registrada pela primeira vez no país sul-americano em fevereiro de 2020.
As autoridades sanitárias informaram que a nova medida se deve ao “aumento das infecções e à circulação de novas variantes de preocupação, como a ômicron”, conforme explicou na quinta-feira a secretaria da Presidência em nota.

Também indicaram que a decisão atende à Constituição, que estabelece que o Estado deve garantir o direito à saúde, embora quem tenha alguma contra-indicação médica ficará dispensado da vacinação.

O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, descartou o confinamento da população durante as férias de dezembro, após o aumento das infecções e a propagação da nova variante. No entanto, optou por exigir a apresentação da carteira de vacinação em locais com aglomeração.

O dispositivo é "como um mecanismo de proteção coletiva para todos os equatorianos", disse Juan Zapata, diretor do COE, responsável por administrar a pandemia no Equador.

A ocupação em restaurantes, shopping centers, praças de alimentação, cinemas e academias passou de 70 para 50% da capacidade, entre outras providências para conter o aumento das infecções.

Exigências do trabalho

Abigail Pilataxi, 19 anos, não havia sido vacinada porque "só ficava em casa", mas um novo emprego a obrigou a ir nesta sexta-feira a um posto de saúde para receber sua primeira dose.
É “devido às exigências do trabalho”, explicou à AFP.

No país andino de 17,7 milhões, 70% dos habitantes receberam o esquema de vacinação completo. Além disso, cerca de 950.000 pessoas receberam a terceira dose de reforço, de acordo com dados oficiais.

No porto de Guayaquil, de 2,6 milhões de habitantes, onde a pandemia sobrecarregou os sistemas de saúde e funeral entre abril e maio de 2020, 27% das pessoas ainda não foram vacinadas.

O Equador é o sétimo país da América Latina com o maior número de mortes por covid-19, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais.

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