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Usinas batem recorde de produção de energia

Angra 1 e 2 somaram 15,644 milhões de megawatts-hora (MWh) em 2011; maior demanda por energia está entre os fatores que provocou esse aumento

Individualmente, as duas usinas também bateram os recordes anteriores de produção registrados em 2010 e 2008 (Wikimedia Commons)

Individualmente, as duas usinas também bateram os recordes anteriores de produção registrados em 2010 e 2008 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 16h13.

Rio de Janeiro – A energia gerada pelas usinas nucleares Angra 1 e 2 foi recorde histórico no ano passado, somando 15,644 milhões de megawatts-hora (MWh).

A informação foi divulgada, no Rio de Janeiro, pela Eletronuclear, empresa do Sistema Eletrobras. Individualmente, as duas usinas também bateram os recordes anteriores de produção registrados em 2010 e 2008, respectivamente, atingindo 4,654 milhões de MWh (Angra 1) e 10,989 milhões de MWh (Angra 2).

O diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, comemorou o desempenho das usinas nucleares. “Angra 1 tem 30 anos de funcionamento e nunca gerou tanto. E Angra 2, com dez anos, também não”.

Figueiredo atribuiu o fato à troca do gerador a vapor de Angra 1, realizada em 2009, o que vem melhorando gradualmente o resultado da usina. “Em Angra 2, não houve necessidade de parar para reabastecimento. Isso aumentou também [a geração]”. Outro fator que contribuiu para a geração registrada em 2011 “foi a demanda do sistema, que pediu mais geração e nós respondemos”.

Para ele, a fonte nuclear de energia “é uma opção válida para suprir as necessidades do sistema elétrico”. No momento, as duas usinas estão operando a 100% de sua capacidade.

De acordo com informação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia nuclear foi a segunda maior fonte de geração de eletricidade no Brasil, no ano passado, respondendo por 3,17% da matriz elétrica nacional. A primeira fonte geradora foi a energia hidráulica (91% do total). “E a gente espera que continue assim, porque é uma dádiva para o país ter essa disponibilidade de água”.


No estado do Rio de Janeiro, as usinas Angra 1 e 2 geraram o equivalente a 30% do consumo. Quando a usina Angra 3 entrar em operação, entre o final de 2015 e o início de 2016, a energia nuclear representará 60% do que é consumido de energia elétrica no estado, estimou Figueiredo.

O diretor da Eletronuclear acredita que o ano de 2012 também será bom para a área nuclear. “A expectativa é boa porque Angra 1 não deve parar para reabastecimento, porque parou em outubro [de 2011]. Em segundo lugar, porque o ONS vem gradativamente solicitando mais e mais a participação das [usinas] nucleares como complementação das usinas hidráulicas”.

Ele apontou como vantagem diante de outras usinas términas, o fato de as usinas nucleares serem mais baratas. O custo médio do combustível nuclear para as usinas Angra 1 e 2 ficou em R$ 20,41 por MWh, no ano passado. Essa mesma geração, se tivesse sido feita por outras fontes de energia térmica, conforme Figueiredo, custaria R$ 71,31 por MWh. “Quase três vezes e meia a diferença entre o custo do combustível nuclear e o de outros combustíveis, entre os quais carvão e gás natural”. As usinas Angra 1 e 2 têm potência total de 2 mil MW.

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