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Uruguai propõe álcool e tabaco na política antidrogas

Secretário-geral da Junta Nacional de Drogas uruguaio defende que o álcool e o tabaco sejam alvos da luta mundial antidrogas para estabelecer política integrais


	Garrafas de bebidas em um bar
 (Peter MacDiarmid / Getty)

Garrafas de bebidas em um bar (Peter MacDiarmid / Getty)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 21h06.

Montevidéu - O secretário-geral da Junta Nacional de Drogas (JND) do Uruguai, Milton Romani, defende que o álcool e o tabaco sejam alvos da luta mundial antidrogas "como forma de estabelecer políticas integrais", segundo informou nesta sexta-feira a presidência da República.

"Propomos a criação de um grupo de especialistas que analise estes temas (...) e que propagandeie a integração da estratégia mundial da Organização Mundial da Saúde para reduzir o consumo nocivo de álcool e o convênio marco para o tabaco como forma de estabelecer políticas integrais de drogas", sugeriu Romani.

O titular da JND participou do debate de alto nível da 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, realizado ontem em Nova York.

Segundo sua opinião, o grupo de trabalho serviria também para estudar o uso medicinal de drogas e incorporar o conceito de redução de danos a partir da ideia de regular mercados.

"É um espaço de consumo e de redução de danos, isso é o mercado regulado", resumiu em referência ao exemplo uruguaio perante a regulação da produção e comercialização de cannabis, que vem sendo implementada no país sul-americano.

A lei da maconha, como ficou conhecida, foi aprovada em 2013 pelo governo do ex-presidente José Mujica (2010-2015).

Durante o debate internacional na ONU, Romani insistiu que as políticas repressivas não funcionam e condenou a pena de morte para casos vinculados a drogas, como o fuzilamento de oito pessoas na semana passada na Indonésia, entre elas um brasileiro.

"A única coisa que estamos propondo é analisar os aspectos das convenções que não funcionam bem ou as práticas de muitos Estados que têm uma interpretação em um sentido mais repressivo", comentou Romani.

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