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Uribe pede suspensão de diálogo de paz com ELN

Para o ex-presidente colombiano, o ELN, a 2ª maior guerrilha do país, "assassina soldados, dinamita um oleoduto, atenta contra a população de Bogotá"

Álvaro Uribe: "O diálogo deveria ser suspenso até que o ELN aceite e cesse totalmente suas atividades criminosas" (John Vizcaino/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 16h52.

Bogotá - O ex-presidente da Colômbia e senador Álvaro Uribe, que recebeu alta nesta terça-feira depois de se submeter a uma cirurgia na próstata, pediu a suspensão dos diálogos de paz entre o governo e o Exército de Libertação Nacional (ELN) até que essa guerrilha "cesse totalmente suas atividades criminosas".

Uribe manifestou sua opinião em uma declaração à imprensa depois de deixar a Clínica IQ InterQuirófanos em Medellín, onde foi submetido a uma operação na próstata.

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Para o ex-presidente, o ELN, a segunda maior guerrilha do país, "assassina soldados da pátria, dinamita um oleoduto, atenta contra a população de Bogotá, e nada acontece".

"O diálogo deveria ser suspenso até que o ELN aceite e cesse totalmente suas atividades criminosas", disse o fundador do partido Centro Democrático.

Os comentários do ex-presidente se referem ao atentado com bomba do último domingo no bairro de La Macarena, em Bogotá, que deixou 26 feridos, 24 deles policiais, e os recentes atentados contra o oleoduto Caño Limón-Coveñas, denunciados pela companhia petrolífera estatal Ecopetrol, mas sem que a autoria fosse atribuída a esse grupo.

O ex-governante, de 64 anos, garantiu que membros das forças armadas da Colômbia, que se reuniram com vereadores do Centro Democrático, disseram a estes que os autores do atentado em Bogotá eram integrantes do ELN.

O ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, disse ontem que o atentado de domingo pode ter sido uma ação do ELN.

No dia 7 de fevereiro, o governo da Colômbia e o ELN abriram em Quito um processo de negociação voltado a terminar com o enfrentamento que ambos mantiveram durante mais de 52 anos, após o acordo de paz assinado com as Farc em 24 de novembro.

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