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Universidades britânicas lutam contra surtos crescentes de coronavírus

A administração das universidades pediu aos estudantes que se isolassem nos alojamentos para evitar um aumento no número de casos de coronavírus

Universidade de Oxford, no Reino Unido: ministro da Saúde disse que talvez os estudantes não poderão ir passar o Natal em casa para evitar a transmissão da doença (Getty Image/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2020 às 20h00.

Última atualização em 27 de setembro de 2020 às 20h01.

As principais universidades britânicas estão entre as melhores do mundo e atraem estudantes de todas as nacionalidades. Com a redução do número de casos de coronavírus no país, o governo do Reino Unido permitiu que milhares de alunos viajassem ao país neste mês para iniciar estudos em instituições como Cambridge, Oxford, Universidade de Edimburgo e University College de Londres.

Pouco dias após o retorno das aulas, surtos de coronavírus começaram a aparecer pelos campi. Como medida de segurança, as faculdades pediram aos alunos que se isolassem em seus quartos e acompanhassem as aulas online, levantando preocupações sobre as taxas de matrícula dos cursos.

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Robert Halfon, chefe do comitê de educação do Parlamento britânico, disse que 3.000 estudantes estão em quarentena.

Para tentar amenizar a situação, a Universidade de Glasgow ofereceu aos estudantes em auto-isolamento apoio na compra de alimentos e suprimentos médicos e desconto no aluguel dos residentes. Essas instituições cobram anuidade dos estudantes, mas também ganham dinheiro com o aluguel dos alojamentos.

"Entendemos como essa situação é difícil e estressante", disse a Universidade de Glasgow no Twitter. "Estamos aqui para apoiá-los durante esse período."

A universidade ofereceu aos alunos em suas residências no campus, estejam eles isolados ou não, um desconto de aluguel durante quatro semanas em reconhecimento às circunstâncias difíceis, além de dinheiro para alimentação e serviços de lavagem de roupas para aqueles que não podem sair do quarto.

Em Manchester, os alunos de residências na Universidade Metropolitana de Manchester foram convocados a se auto-isolar por 14 dias após 127 testes positivos de covid-19.

Jo Grady, líder do sindicato que representa as faculdades, disse que os surtos eram totalmente previsíveis e que todo o ensino deveria ser feito online. “Não adianta encorajar os alunos a virem para a universidade e se isolarem por duas semanas”, disse a líder.

O brasileiro Vlad Schüler-Costa, que faz doutorado em antropologia na Universidade de Manchester, foi ao Twitter contar que muitas universidades estão mantendo os alunos presos dentro dos alojamentos para evitar que eles façam festas dentro dos prédios durante o período de isolamento que a cidade determinou aos estudantes.

https://twitter.com/vladschuler/status/1310201906845962240

Ao longo da semana, o ministro da Saúde, Matt Hancock, afirmou que não poderia descartar a possibilidade de pedir aos alunos que permaneçam no campus durante o Natal para evitar que o vírus se espalhe.

Neste domingo, 27, o ministro da Cultura, Oliver Dowden, disse que quer que os estudantes universitários possam voltar para suas casas no Natal. "Faltam três meses para o Natal. Anunciamos uma série de medidas. Estamos constantemente mantendo essa situação sob análise."

Enquanto o governo de Londres tenta evitar um novo "lockdown" nacional, milhões de britânicos vivem sob regras mais rígidas destinadas a limitar atividades que possam gerar contato entre diferentes famílias.

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