Unicef alerta sobre altos índices de mortalidade infantil
6 milhões de crianças ainda morrem anualmente antes dos 5 anos de idade devido a sua situação de extrema pobreza
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2015 às 07h44.
Nova York - O Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) publicou nesta segunda-feira o relatório "Progresso para a infância", que adverte que, apesar dos avanços conseguidos, 6 milhões de crianças ainda morrem anualmente antes dos 5 anos de idade devido a sua situação de extrema pobreza.
"Progresso para a infância: além das médias" é o nome completo do relatório final da Unicef sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que também indica que 289 mil mulheres morrem todos os anos durante o parto e que 58 milhões de meninos e meninas não estão matriculados na escola primária.
Esses números terríveis supõem, no entanto, uma melhora em relação a 1990, pois o relatório conclui que a mortalidade entre crianças menores de 5 anos caiu mais de 50%, passando de 90 para 43 por cada mil nascidos vivos, e a mortalidade materna se reduziu em 45%.
Nesse período, cerca de 2,6 bilhões de pessoas obtiveram acesso a fontes melhores de água potável e o peso inferior ao normal e a desnutrição crônica entre as crianças menores de 5 anos diminuíram 42% e 41%, respectivamente.
O Sudeste asiático foi a região que mais reduziu a mortalidade infantil (75%) e a região da América Latina e do Caribe também ficou acima da média, com queda de 55% em relação a 1990.
"Os ODM ajudaram o mundo a conseguir avanços extraordinários em favor das crianças, mas também nos mostraram quantas delas estamos deixando à margem", disse o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
Com relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a comunidade internacional está enfrentando agora, a Unicef pede que as crianças mais desfavorecidas estejam no centro dos novos objetivos e metas.
"Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representam uma oportunidade para aplicar as lições que aprendemos e chegar às crianças mais necessitadas, e espero que não nos envergonhemos no futuro por não tê-lo feito", disse Anthony Lake.
"Mais igualdade de oportunidades para a infância de hoje significa menos desigualdade e mais progresso para o mundo amanhã", acrescentou.
Caso não seja assim, levando-se em consideração a taxa atual de progresso e crescimento, a organização prevê que em 2030 haverá 68 milhões de mortes adicionais de crianças menores de 5 anos por causas que, "em sua maioria, podem ser prevenidas".
Além disso, em 2030, 119 milhões de crianças continuarão sofrendo de desnutrição crônica e 500 milhões de pessoas seguirão fazendo suas necessidades ao ar livre, com os graves riscos para a saúde infantil que esta prática representa.
Além disso, a Unicef considera que levará quase 100 anos para que todas as meninas da África Subsaariana terminem sua educação secundária básica.
Os ODM foram oito propósitos estabelecidos no ano 2000 e assinados pelos 189 países-membros das Nações Unidas para fossem cumpridos até este ano.
Nova York - O Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) publicou nesta segunda-feira o relatório "Progresso para a infância", que adverte que, apesar dos avanços conseguidos, 6 milhões de crianças ainda morrem anualmente antes dos 5 anos de idade devido a sua situação de extrema pobreza.
"Progresso para a infância: além das médias" é o nome completo do relatório final da Unicef sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que também indica que 289 mil mulheres morrem todos os anos durante o parto e que 58 milhões de meninos e meninas não estão matriculados na escola primária.
Esses números terríveis supõem, no entanto, uma melhora em relação a 1990, pois o relatório conclui que a mortalidade entre crianças menores de 5 anos caiu mais de 50%, passando de 90 para 43 por cada mil nascidos vivos, e a mortalidade materna se reduziu em 45%.
Nesse período, cerca de 2,6 bilhões de pessoas obtiveram acesso a fontes melhores de água potável e o peso inferior ao normal e a desnutrição crônica entre as crianças menores de 5 anos diminuíram 42% e 41%, respectivamente.
O Sudeste asiático foi a região que mais reduziu a mortalidade infantil (75%) e a região da América Latina e do Caribe também ficou acima da média, com queda de 55% em relação a 1990.
"Os ODM ajudaram o mundo a conseguir avanços extraordinários em favor das crianças, mas também nos mostraram quantas delas estamos deixando à margem", disse o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
Com relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a comunidade internacional está enfrentando agora, a Unicef pede que as crianças mais desfavorecidas estejam no centro dos novos objetivos e metas.
"Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representam uma oportunidade para aplicar as lições que aprendemos e chegar às crianças mais necessitadas, e espero que não nos envergonhemos no futuro por não tê-lo feito", disse Anthony Lake.
"Mais igualdade de oportunidades para a infância de hoje significa menos desigualdade e mais progresso para o mundo amanhã", acrescentou.
Caso não seja assim, levando-se em consideração a taxa atual de progresso e crescimento, a organização prevê que em 2030 haverá 68 milhões de mortes adicionais de crianças menores de 5 anos por causas que, "em sua maioria, podem ser prevenidas".
Além disso, em 2030, 119 milhões de crianças continuarão sofrendo de desnutrição crônica e 500 milhões de pessoas seguirão fazendo suas necessidades ao ar livre, com os graves riscos para a saúde infantil que esta prática representa.
Além disso, a Unicef considera que levará quase 100 anos para que todas as meninas da África Subsaariana terminem sua educação secundária básica.
Os ODM foram oito propósitos estabelecidos no ano 2000 e assinados pelos 189 países-membros das Nações Unidas para fossem cumpridos até este ano.