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União Europeia aprova ajuda de 90 bilhões de euros à Ucrânia

Decisão foi anunciada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, após uma cúpula dos 27 países-membros da UE que durou mais de 15 horas

União Europeia: cúpula de líderes anuncia empréstimo de 90 bilhões de euros À Ucrânia até 2027. (Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images)

União Europeia: cúpula de líderes anuncia empréstimo de 90 bilhões de euros À Ucrânia até 2027. (Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images)

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 07h12.

A União Europeia (UE) chegou a um acordo nesta sexta-feira, 19, para fornecer 90 bilhões de euros em ajuda financeira à Ucrânia, a serem distribuídos entre 2026 e 2027.

A decisão foi anunciada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, após uma cúpula dos 27 países-membros da UE que durou mais de 15 horas, desde a manhã de quinta-feira, 18.

"Temos um acordo. Aprova-se a decisão de fornecer 90 bilhões de euros de ajuda à Ucrânia para 2026-2027. Comprometemo-nos e cumpriremos", declarou Costa em suas redes sociais.

Em entrevista coletiva, Costa detalhou que o financiamento será estruturado como um empréstimo, que será garantido pelo orçamento da União Europeia. Ele acrescentou que a UE “se reserva o direito de utilizar os ativos imobilizados para reembolsar esse empréstimo”.

Além disso, a Comissão Europeia foi encarregada de continuar trabalhando na criação de um empréstimo de reparação baseado nos ativos russos congelados como parte das sanções contra a Rússia. Esse mecanismo visa utilizar os bens russos que foram bloqueados devido à invasão da Ucrânia para ajudar a financiar a reconstrução do país.

Empréstimo do mercado de capitais

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também participou da coletiva, detalhando que a ajuda será organizada por meio de um empréstimo de Kiev obtido no mercado de capitais, ao invés de emitir dívida diretamente do orçamento da União Europeia. Merz, que havia se oposto à ideia de usar o orçamento da UE para o financiamento, explicou que a opção de utilizar os ativos russos congelados não obteve o apoio necessário dos países-membros da UE.

Ele também afirmou que, mesmo com a mudança no mecanismo de financiamento, os ativos russos imobilizados permanecerão congelados até que a Rússia pague as reparações à Ucrânia pela invasão.

“A Ucrânia só terá que devolver o empréstimo depois que a Rússia tiver pago as reparações", afirmou Merz. "Se a Rússia não pagar as reparações, utilizaremos, em conformidade com o Direito internacional, os ativos russos imobilizados para devolver o empréstimo."

*Com informações da EFE

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