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União Africana enfrenta dificuldades financeiras

Pelo menos seis países não estão pagando suas cotas ao órgão, segundo dirigentes do grupo


	Libia: vários de seus membros não estão contribuindo financeiramente para o órgão devido à necessidade de administrar questões regionais, como os conflitos na Líbia
 (Getty Images)

Libia: vários de seus membros não estão contribuindo financeiramente para o órgão devido à necessidade de administrar questões regionais, como os conflitos na Líbia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 13h00.

Brasília – A União Africana, que reúne 54 países, passa por dificuldades financeiras porque vários de seus membros não estão contribuindo financeiramente para o órgão devido à necessidade de administrar questões regionais, como os conflitos na Líbia – que até 2010 era um dos principais doadores do grupo. Pelo menos seis países não estão pagando suas cotas ao órgão, segundo dirigentes do grupo.

Por decisão interna, a União Africana suspendeu quatro países: Guiné, Madagascar, Níger e Mali. Em todos, segundo os integrantes do grupo, houve rompimento da ordem democrática. Criada em 2002, a União Africana se destina a promover a integração regional como forma de desenvolvimento econômico por meio da integração das economias de todos os países da África.

A presidenta da Comissão do Gênero, Família e Deficientes do Parlamento Pan-Africano, Francisca Domingos, disse que os conflitos que levaram à saída de Muammar Kadhafi, em 2011, na Líbia, geraram queda no orçamento da União Africana.

"Não posso dizer ao certo quanto é que a Líbia dava para o orçamento do Parlamento Pan-Africano, mas a fama de o país ser o maior contribuinte dá uma ideia dos problemas que estamos enfrentando”, disse a parlamentar moçambicana.

Em busca de apoio financeiro, o Parlamento Pan-Africano tenta identificar potenciais parceiros de cooperação no esforço para que aumentem os repasses ao órgão. Segundo Francisca Domingos, há ainda um esforço interno para ampliar os poderes do Parlamento Pan-Africano, deixando de ser um órgão apenas consultivo.

"Já conseguimos alguns acordos muito importantes nesse sentido. Não ultrapassa cinco o número de Estados [países] que ainda resistem à ideia de o Parlamento Pan-Africano passar a deter poderes legislativos e não apenas consultivos", disse Francisca Domingos.

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