Unasul precisa redirecionar objetivos para resolver a crise, diz Paraguai
Representante paraguaio afirmou que o bloco terá que redirecionar seus objetivos, após a decisão de seis países de suspender a participação na organização
EFE
Publicado em 23 de abril de 2018 às 15h00.
Assunção - O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse nesta segunda-feira que a União de Nações Sul-Americanas ( Unasul ) terá que "redirecionar seus objetivos" e se despojar de ideologia para resolver a crise que o bloco atravessa, após a decisão de seis países, incluindo o Paraguai, de suspender sua participação na organização.
"Vamos ter que redirecionar os objetivos da Unasul, vamos subtrair essa tendência de ideologizar que o nosso órgão sub-regional teve nos últimos anos", declarou Loizaga aos veículos de imprensa.
O chanceler acrescentou que os países que decidiram deixar de participar da atividade do bloco pensarão sobre o caminho a seguir de aceitar de maneira pactuada uma candidatura para a secretaria-geral, e que a decisão das seis nações, anunciada na semana passada, tinha que ter sido antes.
"É uma pena, mas tínhamos que ter tomado com muita antecedência esta decisão", indicou o Loizaga.
Nesse sentido, ressaltou que o candidato argentino José Octavio Bordón reunia todos os requisitos para dirigir o bloco e a "falta de vontade política" impediu a designação de um secretário-geral.
O chefe da diplomacia do Paraguai insistiu que a decisão não é "contra a secretaria pro tempore da Bolívia" e acrescentou que "a Bolívia tem condições de exercer perfeitamente" esse trabalho.
No documento no qual os seis países anunciam que suspendem sua participação é assinalado que a "impossibilidade de designar um secretário-geral por falta de consenso ao redor do único candidato apresentado até o momento" teve "graves consequências para a organização".