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Unasul pede à Venezuela uma data para eleições legislativas

Secretário-geral do órgão alegou urgência sobre data das eleições legislativas no país


	Para Ernesto Samper, a definição da data é necessária para que a Unasul consiga enviar uma missão para acompanhar o processo eleitoral
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Para Ernesto Samper, a definição da data é necessária para que a Unasul consiga enviar uma missão para acompanhar o processo eleitoral (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 21h43.

Rio de Janeiro - A União de Nações Sul-americanas (Unasul) espera que o governo da Venezuela marque a data das eleições legislativas o mais breve possível, afirmou hoje (12) o secretário-geral do órgão, Ernesto Samper.

“Precisamos que seja marcada a data exata, pois, por enquanto, só informaram que será no último trimestre. Para termos tempo de enviar uma missão para acompanhar o processo eleitoral, precisamos da data exata”, explicou Samper.

Em visita de três dias ao Brasil, Ernesto Samper esteve à tarde no Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags), no centro do Rio de Janeiro, de modo a firmar parcerias e traçar estratégias na área da saúde na região.

Samper também reafirmou que a Unsaul insiste na intervenção da Cruz Vermelha Internacional para analisar a situação dos oposicionistas presos na Venezuela. 

“Também estamos trabalhando o tema da redistribuição, pois o problema de abastecimento de 27 produtos de necessidades básicas é o mais grave no país”, acrescentou.

Ontem (11), em Brasília, ele se reuniu com ministros e representantes de organismos brasileiros para tratar de assuntos nas áreas de educação, saúde e integração produtiva.

Samper adiantou que foram discutidas formas para tirar do papel sete projetos regionais prioritários, como o Ferrovia Interoceânica, entre Paranaguá, no Paraná, e Antofagasta, na Argentina.

“Concordamos com as autoridades econômicas brasileiras que não faz sentido uma região não estudar estratégias de financiamento e de integração física”, destacou Samper.

“Esses projetos precisam de US$ 30 bilhões de financiamento, mas a região não tem esses recursos. A perspectiva é conseguir o dinheiro por meio de bancos dos Brics [Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul] e da China. Enfim, estamos estudando as possibilidades. Para isso, precisamos de uma boa macroeconomia. Essa é outra estratégia financeira que também estivemos estudando”, disse o secretário.

Ernesto Samper também cogitou o Banco del Sur como potencial financiador dos projetos. 

Criada em 2008, a Unasul é um organismo formado pelos 12 países da América do Sul. O objetivo é construir, de maneira participativa e consensual, um espaço de articulação no âmbito cultural, social, econômico e político.

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