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Unasul adia eleição de seu secretário-geral

Únicos nomes que circulam, por enquanto, são o de Lula, da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, e do ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez

O presidente Lula: ele é um dos candidatos à presidência da Unasul (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente Lula: ele é um dos candidatos à presidência da Unasul (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 17h36.

Georgetown, Guiana - Os países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), reunidos nesta sexta-feira em cúpula na Guiana, decidiram adiar a eleição do secretário-geral do organismo, que deverá suceder o falecido ocupante do cargo, Néstor Kirchner.

"Só houve uma conversa a respeito", disse à Agência Efe Kwame McCoy, porta-voz do presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo. "Não havia candidatos formais", acrescentou.

Arranjar um substituto para Kirchner, que morreu no mês passado, foi um dos assuntos principais da reunião presidencial, mas nos últimos dias o Governo do Equador já advertiu que a eleição não seria feita nesta ocasião.

Os únicos nomes que circularam até agora são o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que deixará o cargo em 1º de janeiro, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet e o ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez.

Os assessores de Lula já haviam dito que o cargo não interessa a ele, enquanto Bachelet assumiu em setembro o cargo máximo da entidade ONU Mulheres, estando assim descartada a princípio. Vázquez não se pronunciou sobre o assunto.

Segundo o Governo do Equador, que ostentava até esta sexta-feira a Presidência temporária da Unasul, se os 12 países-membros não encontram um ex-presidente para o cargo, em princípio cogitarão um ex-chanceler.

Em outro assunto discutido na cúpula, o presidente do Equador, Rafael Correa, apresentou nesta sexta-feira a seus colegas os planos para a construção da sede permanente da Secretaria-Geral da Unasul.

A obra, que será iniciada em janeiro e demorará 18 meses para ser concluída, será localizada no lado sul da localidade equatoriana de Mitad del Mundo, por onde passa a Linha do Equador.

O secretário-geral terá de se mudar ao Equador para o trabalho, explicaram à Efe fontes do Governo desse país.

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