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Ultranacionalistas turcos apoiarão Erdogan nas eleições de 2019

Partido da Ação Nacionalista também defendeu uma aliança com a legenda do presidente nas eleições legislativas, cuja votação ocorre em março de 2019

Erdogan: além dele, a única candidata que confirmou sua participação nos pleitos presidenciais é Meral Aksener (Wolfgang Rattay/Reuters)

Erdogan: além dele, a única candidata que confirmou sua participação nos pleitos presidenciais é Meral Aksener (Wolfgang Rattay/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 08h34.

Ancara - O ultranacionalista Partido da Ação Nacionalista (MHP) anunciou nesta segunda-feira que respaldará o atual presidente da Turquia, o islamita Recep Tayyip Erdogan, nas eleições presidenciais de 3 março de 2019 e defendeu uma aliança com sua legenda, o AKP, nas legislativas que acontecerão no mesmo dia.

"O nosso partido, junto com o AKP (Partido da Justiça e o Desenvolvimento), lutará pelo pleno estabelecimento do sistema presidencial em 2019", declarou à imprensa o presidente do MHP, Devlet Bahceli.

Bahceli confirmou que não será candidato nos pleitos presidenciais de 3 de março de 2019 e se mostrou aberto a uma aliança eleitoral para as legislativas da mesma data.

O líder ultranacionalista, que já apoiou Erdogan na reforma constitucional de 2016 que deu mais poder ao presidente, assegurou que, mesmo se houver impedimentos legais para que os dois partidos concorram juntos às legislativas, sua legenda apoiará Erdogan nas presidenciais.

Após estas eleições presidenciais entrará plenamente em vigor a reforma, aprovada em referendo, que dá ao chefe do Estado amplos poderes executivos e transformará a Turquia em uma república presidencialista na prática.

Além de Erdogan, a única candidata que confirmou sua participação nos pleitos presidenciais é Meral Aksener, que no último mês de outubro fundou o Bom Partido (Iyi Parti, em turco), como uma cisão do MHP perante o descontentamento de parte da formação pelo apoio de Bahceli a Erdogan e ao AKP.

Os dois partidos que se opuseram à reforma constitucional, o social democrata CHP e o esquerdista HDP, ainda não anunciaram seus candidatos para as eleições presidenciais.

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