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Últimos rebeldes sírios deixam Ghouta Oriental

Com a saída dos último rebeldes sírios da região de Ghouta Oriental, regime sírio retoma controle da região após anos de guerra

Ghouta: Os combatentes entregaram suas armas pesadas à polícia militar russa, diz OSDH (REUTERS/Omar Sanadiki/Reuters)
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AFP

Publicado em 12 de abril de 2018 às 15h02.

Os insurgentes da última cidade rebelde da região de Ghouta Orienta l entregaram suas armas pesadas e seu líder deixou a área, marcando uma importante vitória do regime e encerrando uma de suas mais sangrentas ofensivas em sete anos de conflito na Síria.

Milhares de combatentes do grupo Jaish al-Islam e suas famílias continuavam a deixar a cidade de Duma, onde, em 7 de abril, um suposto ataque químico atribuído ao regime provocou dezenas de mortos.

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Esse ataque despertou o clamor internacional e ameaças de bombardeios ocidentais.

O presidente sírio, Bashar al-Assad , alertou contra qualquer ação ocidental na Síria que "desestabilize ainda mais a região".

Graças principalmente ao apoio militar russo, Assad multiplicou as vitórias sobre rebeldes e jihadistas desde 2015.

O Exército russo também anunciou nesta quinta-feira em Moscou que a bandeira do governo sírio flutuava sobre Duma e a retomada de "toda Ghouta Oriental".

O regime ainda não anunciou publicamente a reconquista de Duma, última cidade rebelde de Ghouta Oriental que fugia ao seu controle.

Mas os rebeldes, submetidos há semanas a uma chuva de bombas do regime, não parecem mais capazes de lutar. O grupo Jaish al-Islam finalmente concordou com um acordo de evacuação patrocinado por Moscou, semelhante aos firmados com outras facções para deixar Ghouta.

"Os combatentes do Jaish al-Islam entregaram suas armas pesadas à polícia militar russa em Duma na quarta-feira", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"A maioria dos líderes do Jaish al-Islam, incluindo seu chefe Issam Buwaydani, deixaram Duma" para os territórios rebeldes no norte da Síria, informou.

Segundo Yasser Delwane, uma autoridade do Jaish al-Islam, "foi o ataque químico que nos fez a aceitar" a evacuação. "Nem todos os líderes partiram. O processo prossegue".

Morte, destruição, evacuação

Segundo os moradores de Duma, a bandeira síria foi hasteada na quarta-feira na principal mesquita, mas uma briga começou, com troca de tiros e a bandeira foi removida.

Membros da polícia militar russa também foram embora depois do incidente.

Não ficou claro se esta bandeira era a mesma que a mencionada pelo Exército russo.

Nesta quinta-feira, combatentes e civis se preparavam para deixar Duma e 80 ônibus deveriam partir dos arredores de Damasco, de acordo com uma fonte militar na passagem de Al-Wafidin, onde os preparativos estão ocorrendo.

Cerca de trinta ônibus já foram fretados, segundo a mesma fonte.

O regime fez da reconquista dos territórios rebeldes na região de Ghouta Oriental uma prioridade, dada a sua proximidade da capital Damasco.

Em 18 de fevereiro, lançou uma ofensiva aérea e terrestre, de uma violência rara contra o enclave rebelde, causando a morte de mais de 1.700 pessoas, segundo o OSDH.

 

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