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UE vira a página Kadafi na Líbia e coloca Assad em cheque

Dirigentes da região avisam que sucesso na Líbia aumenta a esperança pelo fim da ditadura na Síria

Rebeldes comemoram em Trípoli: Kadafi está próximo do fim, diz a UE (Gianluigi Guercia/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 17h48.

Bruxelas - O "fim do regime de Kadafi" se aproxima, considerou a União Europeia nesta segunda-feira, pedindo eleições livres e rápidas na Líbia e considerando que o esforço do regime em Trípoli dará "um novo impulso" à Primavera Árabe, principalmente, aos protestos na Síria.

"Nós assistimos ao fim do regime de Kadafi", declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em comunicado. "Peço que Kadafi deixe o poder imediatamente e evite derramamento de sangue", completou.

A UE também enviou um aviso ao presidente sírio Bashar al-Assad, que, aos olhos da União, pode ter o mesmo destino do líder líbio. No domingo, Assad rejeitou a exigência dos países ocidentais para deixar o poder.

"Os acontecimentos na Líbia dão um novo impulso à Primavera Árabe. A luta pela liberdade e pela dignidade dos povos da região vai continuar", ressaltou uma declaração conjunta dos presidentes da União Europeia, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

O governo britânico se mostrou ainda mais explícito sobre a questão.

"É hora de Assad sair", afirmou o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, durante um discurso em Londres, acrescentando que a saída do presidente sírio "é essencial para o fututo da Síria como a saída Kadafi é para a Líbia".

A alta representante da União Europeia para Assuntos Externos imediatamente exortou a rebelião líbia "a garantir a proteção de civis, a respeitar plenamente os Direitos Humanos e os direito internacional e a agir de forma responsável para manter a paz e a estabilidade em todo país", disse ela.

Os europeus acreditam que a queda do regime do coronel Kadafi, depois de mais de quatro décadas de um regime autoritário, não complicará os esforços de reconciliação nacional.

"Nós não desejamos ver nenhuma represália, queremos que cada um na Líbia possa estar envolvido com o processo de reconstrução do país, isso inclui aqueles que podem ter sido identificados como ligados ao regime de Kadafi", enfatizou o porta-voz de Ashton, Michael Mann.

A UE insiste que o coronel Muamar Kadafi, seus filhos Seif al-Islam e o chefe dos serviços de inteligência líbio, Abdullah al-Senussi, acusados pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra Humanidade, sejam transferidos para Haia em caso de captura.

"Eles são culpados perante o Tribunal Internacional e nós esperamos que sejam apresentados para que possam ser julgados", declarou Michael Mann.

Todas as autoridades europeias prometeram ajudar a estabelecer as novas instituições democráticas e a distribuir a economia nacional.

No plano político, um porta voz da Comissão, Olivier Bailly, lembrou que o Executivo europeu já tinha solicitado há muito tempo ao Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia, que trabalhasse na "organização e na supervisão de eleições livres tão logo fosse possível".

A UE deseja também a "criação de um sistema judiciário e de um sistema administrativo eficaz, o desenvolvimento de uma sociedade civil e uma imprensa livre", assim como uma "reforma no setor de segurança, pública ou privada, disse o porta-voz Olivier Bailly.

Com relação a esse último ponto, "os projetos da UE já estão em curso desde julho", afirmou ele.

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Bruxelas - O "fim do regime de Kadafi" se aproxima, considerou a União Europeia nesta segunda-feira, pedindo eleições livres e rápidas na Líbia e considerando que o esforço do regime em Trípoli dará "um novo impulso" à Primavera Árabe, principalmente, aos protestos na Síria.

"Nós assistimos ao fim do regime de Kadafi", declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em comunicado. "Peço que Kadafi deixe o poder imediatamente e evite derramamento de sangue", completou.

A UE também enviou um aviso ao presidente sírio Bashar al-Assad, que, aos olhos da União, pode ter o mesmo destino do líder líbio. No domingo, Assad rejeitou a exigência dos países ocidentais para deixar o poder.

"Os acontecimentos na Líbia dão um novo impulso à Primavera Árabe. A luta pela liberdade e pela dignidade dos povos da região vai continuar", ressaltou uma declaração conjunta dos presidentes da União Europeia, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

O governo britânico se mostrou ainda mais explícito sobre a questão.

"É hora de Assad sair", afirmou o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, durante um discurso em Londres, acrescentando que a saída do presidente sírio "é essencial para o fututo da Síria como a saída Kadafi é para a Líbia".

A alta representante da União Europeia para Assuntos Externos imediatamente exortou a rebelião líbia "a garantir a proteção de civis, a respeitar plenamente os Direitos Humanos e os direito internacional e a agir de forma responsável para manter a paz e a estabilidade em todo país", disse ela.

Os europeus acreditam que a queda do regime do coronel Kadafi, depois de mais de quatro décadas de um regime autoritário, não complicará os esforços de reconciliação nacional.

"Nós não desejamos ver nenhuma represália, queremos que cada um na Líbia possa estar envolvido com o processo de reconstrução do país, isso inclui aqueles que podem ter sido identificados como ligados ao regime de Kadafi", enfatizou o porta-voz de Ashton, Michael Mann.

A UE insiste que o coronel Muamar Kadafi, seus filhos Seif al-Islam e o chefe dos serviços de inteligência líbio, Abdullah al-Senussi, acusados pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra Humanidade, sejam transferidos para Haia em caso de captura.

"Eles são culpados perante o Tribunal Internacional e nós esperamos que sejam apresentados para que possam ser julgados", declarou Michael Mann.

Todas as autoridades europeias prometeram ajudar a estabelecer as novas instituições democráticas e a distribuir a economia nacional.

No plano político, um porta voz da Comissão, Olivier Bailly, lembrou que o Executivo europeu já tinha solicitado há muito tempo ao Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia, que trabalhasse na "organização e na supervisão de eleições livres tão logo fosse possível".

A UE deseja também a "criação de um sistema judiciário e de um sistema administrativo eficaz, o desenvolvimento de uma sociedade civil e uma imprensa livre", assim como uma "reforma no setor de segurança, pública ou privada, disse o porta-voz Olivier Bailly.

Com relação a esse último ponto, "os projetos da UE já estão em curso desde julho", afirmou ele.

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