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UE vai limitar bônus a banqueiros e corretores

Operadores da bolsa, por exemplo, só poderão receber 60% de suas bonificações imediamente, sendo os 40% restantes entregues em até 3 anos

A partir deste novo acordo da União Europeia, os bônus ligados a bancos serão dados considerando resultados a longo prazo (./AFP)

A partir deste novo acordo da União Europeia, os bônus ligados a bancos serão dados considerando resultados a longo prazo (./AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2010 às 12h04.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo para limitar a partir do próximo ano as bonificações de corretores da bolsa e banqueiros na Europa, cujos excessivos montantes foram alvo de polêmica durante a crise financeira mundial, anunciou nesta quarta-feira a Eurocâmara.

Este acordo prevê que os corretores recebam no futuro 60% de sua remuneração variável (bônus) de maneira imediata, e uma parte substancial de pelo menos 40% depois de um período de pelo menos três anos, de modo que se leve em conta os riscos a longo prazo, afirma o texto aprovado.

Além disso, pelo menos 50% do total dos bônus deverão ser concedidos em ações e o resto em dinheiro.

Esta porcentagem variará para as bonificações que os corretores receberem de imediato: apenas 30% destas somas serão em dinheiro e, no caso de se tratar de cifras muito elevadas, a proporção será reduzida para 20%.

"O Parlamento Europeu confia que o acordo estabelecerá regras rígidas e eficazes, que cobrirão todos os bônus concedidos ou pagos a partir de 2011", indicou a instituição em um comunicado.

Dois anos depois de se desencadear a crise financeira mundial, esta nova norma "transformará a cultura dos bônus e porá fim aos incentivos das tomadas de riscos excessivas", elogiou a eurodeputada socialista britânica Arlene McCarthy.

Segundo o francês Pascal Canfin, do Grupo dos Verdes, com este acordo "70% dos bônus estarão relacionadas com os resultados a longo prazo dos bancos".

Por outro lado, o acordo inclui a supressão da remuneração variável dos dirigentes bancários enquanto suas entidades não tiverem devolvido as ajudas estatais, a não ser que seja justificado, anunciou Canfin.

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