UE terá vacinas para 70% de seus adultos até o final de julho
A presidente da Comissão Europeia informou que um novo contrato com a Pfizer/BioNTech deve ser concluído "nos próximos dias" para obter 1,8 bilhão de doses adicionais em 2022 e 2023
AFP
Publicado em 23 de abril de 2021 às 12h23.
Última atualização em 23 de abril de 2021 às 12h40.
A presidente da Comissão Europeia , Ursula von der Leyen, afirmou nesta sexta-feira, 23, que os programas europeus de vacinação contra a covid-19 disponibilizarão até o fim de julho vacinas suficientes para imunizar 70% da população adulta.
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O Executivo europeu estabeleceu anteriormente a meta da imunização de 70% dos adultos nos países do bloco para o fim do verão boreal (inverno no Brasil).
"Tenho confiança que teremos doses suficientes para vacinar 70% dos adultos europeus até o mês de julho", disse Von der Leyen durante uma visita a uma fábrica de vacinas da Pfizer/BioNTech.
De acordo com Von der Leyen, a UE deve concluir "nos próximos dias" um novo contrato com a empresa para obter 1,8 bilhão de doses adicionais em 2022 e 2023.
A vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech é mais cara do que os outros imunizantes para combater a pandemia de coronavírus, mas seu método de RNA mensageiro é uma das bases da estratégia da UE para enfrentar variantes da covid-19.
Com o surgimento da pandemia, os 27 países da UE decidiram conceder o poder negociador unificado à Comissão Europeia para obter vacinas para todos, embora inicialmente as campanhas de imunização tenham encontrado dificuldades de distribuição.
No entanto, Von der Leyen agradeceu nesta sexta à Pfizer/BioNTech e à empresa subsidiária que produz as vacinas em Puurs, no norte da Bélgica, pelo "enorme esforço" para adaptar sua logística.
Em sua visita à fábrica, acompanhada pelo diretor gerente da Pfizer, Albert Bourla, Von der Leyen fez referências ao laboratório como um "parceiro confiável".
A frase foi interpretada como uma indireta ao laboratório AstraZeneca, com o qual a UE mantém uma relação extremamente difícil, devido aos atrasos nas entregas das vacinas negociadas nos contratos.