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UE se oferece a ONU para ajudar cidade de Misrata, na Líbia

Bloco está disposto a usar "todos os meios necessários" para resolver a crise humanitária na cidade

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, espera a autorização da ONU (Peter Macdiarmid/Getty Images)

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, espera a autorização da ONU (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 18h23.

Bruxelas - A União Europeia (UE) se ofereceu nesta sexta-feira às Nações Unidas para realizar uma missão humanitária na Líbia, em vista da complicada situação na cidade de Misrata, e a utilizar "todos os meios necessários" - incluindo militares - para isso.

A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na qual expressa a disposição europeia de atuar o mais rápido possível, explicou à Agência Efe uma fonte diplomática.

Além disso, a Alta Representante assinala que a UE estaria preparada para coordenar todo o esforço internacional neste sentido e a utilizar "todos os meios necessários".

Com sua carta, Catherine estaria pedindo a ONU para exigir uma intervenção europeia, depois que os 27 deram sinal verde na semana passada a uma missão deste tipo.

Segundo fontes comunitárias, os preparativos do operacional estão "muito avançados" e este poderia se desdobrar rapidamente, uma vez que as Nações Unidas solicitassem.

Nos últimos dias e devido a dramática situação em Misrata - cidade em poder dos rebeldes atacada há mais de um mês pelo regime de Muammar Kadafi -, a Turquia iniciou sua própria ação humanitária e evacuou por mar 270 pessoas. Misrata, a 200 quilômetros ao leste de Trípoli, se encontra em uma difícil situação humanitária.

Bruxelas considera que o ideal seria coordenar todo este tipo de esforço internacional em um só, sob o comando das Nações Unidas. A intervenção europeia poderia passar por evacuar cidadãos de Misrata, transportar água e alimentos à cidade e garantir proteção às organizações humanitárias para que possam ter acesso à população em necessidade.

Sua modalidade definitiva, no entanto, não será decidida até que haja um pedido por parte da ONU. Em sua carta a Ban, Catherine ressaltou que a União está disposta a trabalhar com outros parceiros internacionais, caso da União Africana e da Liga Árabe, para conseguir uma solução diplomática ao conflito líbio.

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