Mundo

UE se dispõe a ajudar a Bolívia no combate às drogas

A União Europeia esteve concentrada na erradicação da coca nos últimos dez anos


	Soldados destroem plantações de coca em uma floresta em Caranavi, na Bolívia: para o período 2014-2020, a UE avalia um apoio mais amplo nas ações policiais contra as drogas
 (Aizar Raldes/AFP)

Soldados destroem plantações de coca em uma floresta em Caranavi, na Bolívia: para o período 2014-2020, a UE avalia um apoio mais amplo nas ações policiais contra as drogas (Aizar Raldes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 17h21.

La Paz - A União Europeia expressou seu interesse em apoiar a Bolívia na luta contra o narcotráfico, depois de se concentrar durante 10 anos na erradicação da coca, afirmou o chefe da sessão de cooperação europeia, Francisco García, entrevistado nesta quarta-feira pelo jornal Página Sete.

"Nos últimos 10 anos estivemos muito centrados no apoio nos temas de desenvolvimento integral e racionalização da coca, e não tanto nos temas de proibição, polícia e alfândega, dos quais os governos de Estados Unidos e Brasil se ocuparam mais", disse García em uma entrevista exclusiva ao jornal.

Para o período 2014-2020, a UE avalia "um apoio mais amplo neste sentido" (das ações policiais contra as drogas), embora "a primeira coisa necessária seja ter uma política setorial definida, com custos, objetivos e metas", considerou.

Em 2008, a União Europeia concedeu à Bolívia, em caráter de doação, um total de 234 milhões de dólares até 2014, que serviu essencialmente para apoiar a erradicação da coca, ajudar sindicatos de agricultores no controle social e evitar a expansão dos plantios.

Em março de 2010, a Bolívia pediu à UE e às Nações Unidas uma cooperação anual de 59 milhões de dólares (uma solicitação que ainda não foi respondida) devido à diminuição da cooperação dos Estados Unidos de 80 milhões de dólares em 2006 para 10 milhões em 2012.

A Bolívia conta - segundo as Nações Unidas - com 31.000 hectares de coca, dos quais apenas 12.000 são considerados legais, para usos tradicionais, como mastigação, infusão e ritos religiosos andinos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaDrogasEuropaUnião Europeia

Mais de Mundo

Presidente eleito do Irã afirma estar disposto à realizar 'diálogo construtivo' com a UE

Três pontos para prestar atenção na Convenção Republicana, que começa segunda

Argentina declara Hamas como 'organização terrorista internacional'

Para Rússia, mísseis dos EUA na Alemanha transforma capitais europeias em 'vítimas potenciais'

Mais na Exame