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UE retira reclamação contra EUA sobre espionagem financeira

Comissão rejeitou pedidos de parlamentares da UE pela suspensão do acesso norte-americano


	Espionagem: Parlamento Europeu pediu no mês passado a suspensão da capacidade dos EUA de controlar pagamentos internacionais devido a suspeitas de que Washington monitorava processos muito de perto
 (Getty Images)

Espionagem: Parlamento Europeu pediu no mês passado a suspensão da capacidade dos EUA de controlar pagamentos internacionais devido a suspeitas de que Washington monitorava processos muito de perto (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 09h58.

Bruxelas - A Comissão Europeia retirou uma investigação sobre suspeita de abuso por parte dos Estados Unidos de uma base de dados financeira para bisbilhotar a União Europeia, rejeitando pedidos de parlamentares da UE pela suspensão do acesso norte-americano.

A medida é um revés para o Parlamento Europeu, que pediu no mês passado a suspensão da capacidade dos EUA de controlar os pagamentos internacionais devido a suspeitas de que Washington monitorava os processos muito de perto em busca de informações, abusando de um acordo que concede acesso limitado ao banco de dados Swift, na Bélgica.

A UE compartilha com o Tesouro dos EUA dados do Swift, que troca milhões de mensagens sobre operações em todo o mundo todos os dias, mas apenas de forma limitada, para ajudar a interceptar possíveis ameaças terroristas.

No mês passado, Guy Verhofstadt, um proeminente membro do Parlamento Europeu, disse à Reuters que a Europa precisava de "transparência total" por causa da espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) revelada pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden.

Parlamentares da UE se preocupam que os Estados Unidos estejam secretamente retirando informações extras a partir do banco de dados, após denúncia feita pela TV Globo com base em documentos vazados por Snowden indicando que o governo dos EUA secretamente monitorou o Swift.

Mas Cecilia Malmström, comissária da UE para Assuntos Internos, disse na terça-feira que não tinha encontrado qualquer prova de irregularidade.

"A Comissão Europeia está, portanto, encerrando as consultas oficiais iniciadas com os EUA", disse ela em comunicado.

Os Estados Unidos negam qualquer irregularidade.

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