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UE quer Estado palestino, mas acha necessário paz antes

Os países europeus chegam divididos para votar sobre o reconhecimento da Palestina na ONU

Catherina Ashton: a UE pede que, independente do resultado do voto na ONU, as duas partes trabalhem urgentemente para conseguir um acordo (Georges Gobet/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h47.

Bruxelas - A União Europeia (UE) lembrou nesta quinta-feira que defende a existência de um Estado palestino com pleno direito na Organização das Nações Unidas, mas que o faz em meio a uma "solução" do conflito com Israel, por isso pediu às duas partes retomarem as negociações de paz imediatamente.

Os 27 países se manifestaram assim em comunicado emitido pela chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, horas antes de a Assembleia Geral da ONU votar uma resolução para que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) seja considerada Estado observador da organização.

Os países europeus chegam divididos à votação, com um bom número deles dispostos a respaldar a proposta palestina e outros que já anunciaram que não o farão.

Ashton não fez referência a essa divisão, enquanto seu porta-voz, perguntado em entrevista coletiva, se limitou a lembrar que a UE não vota em conjunto na Assembleia Geral e que são os Estados-membros quem deve se pronunciar.

"Não vou fazer comentários sobre um voto que ainda não aconteceu", indicou Michael Mann, que ressaltou que existe uma "posição comum" europeia em torno do conflito de Oriente Médio e que é a expressada novamente por Ashton.

A chefe da diplomacia comunitária ressaltou em seu comunicado que os 27 consideram que "somente uma solução política ao conflito pode trazer segurança, paz e prosperidade duradouras a palestinos e israelenses".

"Uma paz negociada, que é um interesse fundamental da UE e das partes na região, deve e pode ser alcançada com base em uma solução de dois Estados", assinalou Ashton.

A alta funcionária lembrou que "a UE expressou repetidamente seu apoio e desejo de que a Palestina se transforme em um membro de pleno direito das Nações Unidas como uma parte da solução do conflito".


Por isso, a UE pede que seja qual seja o resultado do voto na Assembleia Geral, as duas partes "trabalhem com um novo sentimento de urgência" para conseguir um acordo.

"A União Europeia convoca todas as partes a levar a cabo a ações que conduzam a um ambiente de confiança necessário para assegurar negociações com sentido e a evitar ações que minem a credibilidade do processo", acrescentou Ashton, que pediu para "superar obstáculos" e retomar o diálogo "incondicional".

Neste sentido, apreciou as "declarações positivas" feitas pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ashton ressaltou que o recente aumento da violência em Gaza é uma "lembrança amarga da necessidade urgente de avançar para terminar o conflito".

A UE, como já ocorreu quando a ANP solicitou sua entrada na Unesco, não conseguiu pactuar uma posição comum para a votação realizada hoje.

Segundo fontes diplomáticas, há "11 ou 12" países europeus votarão a favor e um pequeno grupo poderia se opor, enquanto o restante optaria pela abstenção.

Entre esses últimos deve estar a Alemanha, segundo confirmou Berlim hoje, enquanto no "sim" figuram, entre outros, Espanha, França, Bélgica, Dinamarca e Irlanda.

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Bruxelas - A União Europeia (UE) lembrou nesta quinta-feira que defende a existência de um Estado palestino com pleno direito na Organização das Nações Unidas, mas que o faz em meio a uma "solução" do conflito com Israel, por isso pediu às duas partes retomarem as negociações de paz imediatamente.

Os 27 países se manifestaram assim em comunicado emitido pela chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, horas antes de a Assembleia Geral da ONU votar uma resolução para que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) seja considerada Estado observador da organização.

Os países europeus chegam divididos à votação, com um bom número deles dispostos a respaldar a proposta palestina e outros que já anunciaram que não o farão.

Ashton não fez referência a essa divisão, enquanto seu porta-voz, perguntado em entrevista coletiva, se limitou a lembrar que a UE não vota em conjunto na Assembleia Geral e que são os Estados-membros quem deve se pronunciar.

"Não vou fazer comentários sobre um voto que ainda não aconteceu", indicou Michael Mann, que ressaltou que existe uma "posição comum" europeia em torno do conflito de Oriente Médio e que é a expressada novamente por Ashton.

A chefe da diplomacia comunitária ressaltou em seu comunicado que os 27 consideram que "somente uma solução política ao conflito pode trazer segurança, paz e prosperidade duradouras a palestinos e israelenses".

"Uma paz negociada, que é um interesse fundamental da UE e das partes na região, deve e pode ser alcançada com base em uma solução de dois Estados", assinalou Ashton.

A alta funcionária lembrou que "a UE expressou repetidamente seu apoio e desejo de que a Palestina se transforme em um membro de pleno direito das Nações Unidas como uma parte da solução do conflito".


Por isso, a UE pede que seja qual seja o resultado do voto na Assembleia Geral, as duas partes "trabalhem com um novo sentimento de urgência" para conseguir um acordo.

"A União Europeia convoca todas as partes a levar a cabo a ações que conduzam a um ambiente de confiança necessário para assegurar negociações com sentido e a evitar ações que minem a credibilidade do processo", acrescentou Ashton, que pediu para "superar obstáculos" e retomar o diálogo "incondicional".

Neste sentido, apreciou as "declarações positivas" feitas pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ashton ressaltou que o recente aumento da violência em Gaza é uma "lembrança amarga da necessidade urgente de avançar para terminar o conflito".

A UE, como já ocorreu quando a ANP solicitou sua entrada na Unesco, não conseguiu pactuar uma posição comum para a votação realizada hoje.

Segundo fontes diplomáticas, há "11 ou 12" países europeus votarão a favor e um pequeno grupo poderia se opor, enquanto o restante optaria pela abstenção.

Entre esses últimos deve estar a Alemanha, segundo confirmou Berlim hoje, enquanto no "sim" figuram, entre outros, Espanha, França, Bélgica, Dinamarca e Irlanda.

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