UE pede que a transição egípcia comece imediatamente
Apesar da pressão por mudanças democráticas no país, comunicado do órgão não cita o presidente egípcio Hosni Mubarak
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 12h49.
Bruxelas - A cúpula da União Europeia (UE) pediu nesta sexta-feira que o Egito empreenda "já" um processo de transição democrática e que as autoridades desse país concluam as aspirações de seu povo "com reformas políticas e não com repressão".
"Este processo de transição deve começar já", afirma uma declaração emitida pelos chefes de Estado e Governo da UE sobre a situação no Egito e a região, na qual não se menciona o presidente egípcio, Hosni Mubarak.
Além disso, "o Conselho Europeu pede às autoridades egípcias que satisfaçam as aspirações do povo egípcio com reformas políticas e não com repressão".
A UE promete, além disso, dar "todo seu apoio" a um processo de transição que promova a democracia, o pluralismo, a prosperidade econômica e a inclusão social, segundo o texto aprovado pela cúpula realizada em Bruxelas.
As aspirações democráticas dos cidadãos devem ser atendidas "através do diálogo e da reforma política, com pleno respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais e através de eleições livres e imparciais", ressalta a UE.
Para isso, a cúpula pede que um diálogo "significativo" por todas as partes.
Os líderes comunitários condenam os episódios de violência ocorridos no Egito e consideram "inaceitável" qualquer tentativa de suprimir a liberdade de informação, como as agressões e intimidações aos jornalistas e os defensores dos direitos humanos.
A declaração aprovada pelos chefes de Estado e Governo ressalta o objetivo da UE de apoiar o processo de democratização no Mediterrâneo, tanto através de viagens de altos cargos à zona como com a aprovação de medidas de respaldo.
Essas medidas podem abranger desde a ajuda para a organização de eleições democráticas até a promoção dos investimentos e comércio na região, a fim de promover uma melhora das condições sociais na região.