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UE irá propor retirada de embargo de armas sobre Síria

O objetivo é responder aos pedidos de ajuda da oposição ao regime do presidente Bashar al Assad, fornecendo armas aos rebeldes


	Rebeldes sírios: França e o Reino Unido pediram que os líderes da UE retirassem o embargo, mas a proposta encontrou resistência de alguns países
 (Aamir Qureshi/AFP)

Rebeldes sírios: França e o Reino Unido pediram que os líderes da UE retirassem o embargo, mas a proposta encontrou resistência de alguns países (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 12h38.

Bruxelas - A União Europeia (UE) irá propor na próxima semana em Dublin (Irlanda) a retirada do embargo de armas sobre a Síria com o objetivo de responder aos pedidos de ajuda da oposição ao regime do presidente Bashar al Assad.

"Discutimos a dramática situação na Síria. Expressamos o forte compromisso da UE nos esforços internacionais de pôr fim à violência", informou nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao término da cúpula europeia de dois dias realizada em Bruxelas.

"A questão do embargo de armas foi posta sobre a mesa por alguns Estados-membros. Concordamos em pedir a nossos ministros das Relações Exteriores que avaliem a situação como uma questão prioritária já na próxima semana, durante o conselho informal que realizarão em Dublin", explicou Van Rompuy.

França e o Reino Unido pediram que os líderes da UE retirassem o embargo de armas à Síria para permitir o apoio à oposição, mas a proposta encontrou resistência de alguns países.

Para o presidente da França, François Hollande, é preciso se "considerar que a solução política fracassou por enquanto". Van Rompuy, na entrevista coletiva final, disse que essa questão "será o primeiro ponto da ordem do dia" do conselho informal de ministros de Relações Exteriores que acontecerá nos dias 22 e 23 de março em Dublin.

O presidente do Conselho Europeu reconheceu que "há um sentimento crescente de frustração pela situação humanitária na Síria e sobre a falta de progressos na frente política" quando foram completados dois anos do início dos enfrentamentos entre o regime e a oposição.

Durante a cúpula, o chanceler austríaco, Werner Faymann, assegurou que Viena se opõe à entrega de armas a "qualquer das partes" do conflito sírio e advertiu que essa via não é "uma solução".

Outros países, como Alemanha, Suécia e Luxemburgo também são contrários a armar os rebeldes. Qualquer decisão sobre a retirada do embargo de armas necessitaria de unanimidade, pelo menos para ser aprovada antes do final de maio, quanto termina o atual regime de sanções à Síria. 

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