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UE estuda cessar-fogo anunciado pela Líbia

Ministros também vão se reunir para decidir uma nova rodada de sanções contra a Líbia

Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE: sanções energéticas são elemento chave (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE: sanções energéticas são elemento chave (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 14h38.

Bruxelas - A União Europeia (UE) está estudando o anúncio de cessar-fogo realizado nesta sexta-feira pelo Governo líbio para determinar seu "significado" real, segundo disse a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

"Vimos informações que o regime líbio anunciou um cessar-fogo, e junto com outros colegas estou vendo os detalhes", disse Ashton em um comparecimento perante a imprensa.

Ashton disse que é preciso ver "qual é o significado da declaração do cessar-fogo" e daí relação tem com os eventos atuais.

Ashton acrescentou que os ministros de Exteriores da UE decidirão "um conjunto de medidas arrumadas", em referência a novas sanções contra o setor de petróleo e gás líbio, depois que a resolução 1973 do Conselho de Segurança (CS) da ONU ampliou o espectro de medidas contra o regime líbio.

A ampliação ao setor energético das sanções à Líbia é um elemento "chave" para a UE, da mesma forma que intensificar o apoio humanitário à população, acrescentou.

Ashton assinalou que está "extremamente satisfeita" que a ONU tenha incluído o setor de petróleo em suas sanções, e disse que o Comitê Político e de Segurança da UE estuda esta tarde possíveis novas medidas de ajuda humanitária à Líbia.

Entre as novas medidas que a UE prepara destaca-se o congelamento dos ativos da companhia estatal petrolífera líbia e de suas filiais, uma ação que até agora tinha sido bloqueada por alguns países, especialmente Itália, segundo indicaram fontes diplomáticas.

O objetivo seria incluir as empresas de petróleo e gás no regime de sanções.

Outra fonte detalhou que o Reino Unido propôs uma moratória de 60 dias na compra de petróleo e gás da Líbia.

Ashton, que se reune neste sábado em Paris com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com os responsáveis da União Africana, Jean Ping, e da Liga Árabe, Amre Moussa, descartou que a UE possa participar de ações militares contra a Líbia.

"Estamos nos concentrando no que podemos oferecer de mais valor: sanções econômicas e ajuda humanitária", destacou a Alta Representante, insistindo no ponto de vista europeu de que o líder líbio, Muammar Kadafi, "deve ir embora".

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