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UE enviará novo pacote para ajudar Turquia com refugiados

A nação está sob pressão por maior engajamento contra o grupo extremista Estado Islâmico e para evitar que jihadistas estrangeiros atravessem as fronteiras

Refugiados sírios: crise na Síria e no Iraque levou 1,6 milhão de refugiados a migrarem para a Turquia (Muhammad Hamed/Reuters)

Refugiados sírios: crise na Síria e no Iraque levou 1,6 milhão de refugiados a migrarem para a Turquia (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 15h15.

Ancara - A nova chefe de Assuntos Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, anunciou que a UE estava "finalizando" um novo pacote de ajuda a Turquia no valor de 70 milhões de euros (cerca de US$ 85 milhões) para contribuir com o fluxo de refugiados.

A crise na Síria e no Iraque levou 1,6 milhão de refugiados a migrarem para a Turquia.

Federica pediu nesta segunda-feira uma "boa coordenação e estratégia" com a Turquia para conter o fluxo de combatentes estrangeiros vindos dos dois países.

Ela vai visitar refugiados próximos à fronteira com a Síria na terça-feira, junto com comissários de assuntos humanitários.

A dirigente está em sua primeira visita ao país candidato de se tornar membro da UE.

A nação está sob pressão por um maior engajamento na coalizão internacional que luta contra o grupo extremista Estado Islâmico e para evitar que jihadistas estrangeiros atravessem as fronteiras turcas com o objetivo de integrar o grupo.

Após se encontrar com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu e outros oficias, Federica afirmou que discussões técnicas sobre como compartilhar informações acerca dos combatentes e como coordenar políticas estavam em andamento.

Ela expressou esperança de que as conversas renderiam "resultados positivos" nos próximos dias ou semanas.

As negociações da Turquia sobre a adesão à UE começaram em 2005, mas estão efetivamente estagnadas devido ao ceticismo de alguns países europeus em admitir uma nação com grande parte da população muçulmana e principalmente por causa da disputa da Turquia com o Chipre, membro do bloco.

A Turquia se recusou a permitir que navios do Chipre usassem seus portos e que aviões entrassem em seu espaço aéreo.

Johannes Hahn, comissário responsável por políticas regionais, espera que as negociações possam começar um novo capítulo quando a Letônia assumir a presidência do bloco, no próximo mês.

"As coisas estão se movendo na direção certa", afirmou Hahn.

Fonte: Associated Press.

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