Bandeiras da União Européia e países membros: a UE manteve a previsão de crescimento para 2011 em 1,6% devido aos bons resultados do primeiro trimestre (Ian Waldie/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 08h27.
Bruxelas - A Comissão Europeia confirmou nesta quinta-feira a forte freada na recuperação econômica na zona do euro durante a segunda metade do ano, embora mantenha sua previsão de crescimento para 2011 em 1,6% devido aos bons resultados do primeiro trimestre.
"Espera-se que o crescimento na segunda metade de 2011 seja tênue, chegando praticamente a uma estagnação próximo ao final do ano", aponta a comissão em sua revisão das perspectivas econômicas, nas quais descarta uma nova recessão.
No caso do conjunto da União Europeia (UE), o Executivo comunitário rebaixou de 1,8% para 1,7% sua previsão de crescimento para o ano.
Com a crise da dívida se evidenciando na Europa, Bruxelas revisou significativamente para baixo suas previsões para o terceiro e o quarto trimestres, quando acredita que a zona do euro crescerá apenas 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Essa diminuição seria compensada na taxa calculada para o ano todo (1,6%), graças aos inesperados bons resultados do primeiro trimestre, quando o bloco cresceu acima do previsto inicialmente.
As previsões vão na mesma direção em todas as grandes economias do euro, e apenas a Alemanha apresentou dados melhores em seu crescimento anual com relação ao previsto no primeiro semestre (de 2,6% para 2,9%), embora isso tenha ocorrido por conta de seu bom início de ano e o país também será afetado pela detenção brusca nos próximos meses.
A comissão rebaixou nesta quinta-feira as expectativas de crescimento tanto da França (de 1,8% para 1,6%), como da Itália (de 1% para 0,7%) e decidiu manter em 0,8% sua previsão para a Espanha.
Fora do euro também se confirma essa tendência, especialmente no Reino Unido, que este ano crescerá, segundo Bruxelas, 1,1%, contra os 1,7% que eram previstos há alguns meses.
O Executivo comunitário aponta no relatório como causas para as revisões o enfraquecimento da demanda interna, a deterioração da confiança, o impacto da crise nos mercados financeiros e as consequências dos ajustes fiscais em alguns países comunitários.
Com todos estes dados, a comissão revisou ainda nesta quinta-feira suas previsões de inflação na zona do euro, de 2,6% para 2,5%, e na UE, de 3% para 2,9%.