Mundo

UE aprova registro de passageiros para combater terrorismo

As empresas aéreas e as operadoras de turismo devem criar o registro com os dados obtidos durante os procedimentos de reservas e check-in


	Registro: 38 eurodeputados votaram a favor, 19 contra e dois optaram pela abstenção
 (Scharvik/ThinkStock)

Registro: 38 eurodeputados votaram a favor, 19 contra e dois optaram pela abstenção (Scharvik/ThinkStock)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 12h46.

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira em uma comissão a diretriz para criar um registro de nomes de passageiros (PNR, sigla em inglês), algo solicitado por todos os países membros da UE, em particular a França, depois dos atentados de 13 de novembro.

A Comissão de Liberdades Civis aprovou o acordo alcançado entre o Conselho Europeu (que representa os 28 países membros da UE) e os negociadores do Parlamento.

No total, 38 eurodeputados votaram a favor, 19 contra e dois optaram pela abstenção.

O PNR é utilizado na luta contra o terrorismo e os crimes graves.

As empresas aéreas e as operadoras de turismo devem criar o registro com os dados obtidos durante os procedimentos de reservas e check-in, para que possam ser consultados pelas autoridades nacionais de segurança.

A lista inclui o nome, endereço, número de telefone, dados do cartão de crédito, agência de viagens, bagagem e número de assento de cada passageiro, assim como "informação sensível", geralmente relacionada com a opção religiosa por uma determinada refeição ou um pedido de ajuda por problemas médicos.

O projeto de diretriz (lei) proposto pela Comissão estava bloqueado no Parlamento desde 2011, aguardando a incorporação de garantias sobre a proteção das liberdades individuais.

Os Estados membros reclamavam que o acesso aos dados nominais fosse de até nove meses, mas o Parlamento exigiu um prazo de seis meses e a manutenção das informações, sem que sejam nominais, por cinco anos.

Na semana passada, os ministros do Interior aceitaram o pedido do Parlamento.

O plenário da Eurocâmara deve se pronunciar sobre o projeto no início de 2016.

Os Estados membros terão dois anos para incluir a nova regulamentação em sua legislação nacional.

Mas o texto aprovado, que autoriza a criação de 28 registros nacionais, tem seus limites.

Alguns eurodeputados criticam o que consideram uma falta de precisão no que diz respeito ao acesso automático e recíproco dos dados compilados entre os 28 Estados membros.

Acompanhe tudo sobre:EuropaTerrorismoTurismoUnião Europeia

Mais de Mundo

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata duas pessoas e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros