UE aprova assinatura de acordo de livre-comércio com a Coreia do Sul
O acordo será assinado na cúpula UE-Coreia do Sul, que será realizada em Bruxelas, no próximo dia 6
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2010 às 07h32.
Bruxelas - A União Europeia (UE) aprovou nesta quinta-feira a assinatura do acordo de livre-comércio com Coreia do Sul, depois que a Itália retirou o bloqueio que mantinha por suas preocupações pelas possíveis consequências no setor automotivo.
O acordo será assinado na cúpula UE-Coreia do Sul, que será realizada em Bruxelas no próximo dia 6, anunciou o ministro belga de Exteriores, Steven Vanackere, em nome da Presidência rotativa da UE.
A Itália conseguiu um atraso de seis meses no início da aplicação do acordo, cuja entrada provisória em vigor será em 1º de julho de 2011.
Este documento é o primeiro de uma série de acordos bilaterais de livre-comércio que unirão a UE com seus principais parceiros comerciais na Ásia, destacou Vanackere em entrevista coletiva.
Trata-se do acordo comercial mais importante fechado pela União Europeia com outro país, segundo o titular belga.
Apesar disso, Vanackere afirmou que a UE "segue comprometida" com a reanimação da travada Rodada de Doha de liberalização comercial, realizada dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra
A Itália desconfiava do impacto do acordo sobre seu setor automotivo, especialmente se o desaparecimento previsto das barreiras tarifárias permitisse a chegada à Europa de carros sul-coreanos de pequeno porte, um segmento no qual a italiana Fiat é uma das líderes no mercado europeu.
Por isso, o Governo italiano tinha pedido que a entrada em vigor fosse atrasada um ano, mas após intensas negociações desde a última sexta-feira foi definido um atraso de seis meses.
A Comissão Europeia (CE) e os demais Estados-membros, incluindo outros que produzem automóveis, consideravam que esse possível impacto no setor será compensado pelos benefícios gerais que a economia europeia vai obter pelo aumento das exportações ao país asiático.
Os demais países comunitários acreditam que o acordo inclui condições razoáveis para proteger o setor europeu do automóvel, como um corte tarifário muito escalonado - até sete anos - e uma cláusula de salvaguarda.
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