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UE anuncia plano para reduzir dependência energética

União Europeia preparará até o próximo mês de junho um plano de ação para reduzir sua dependência energética, especialmente da Rússia

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy: quase um quarto do gás consumido atualmente na União Europeia vem da Rússia (Georges Gobet/AFP)

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy: quase um quarto do gás consumido atualmente na União Europeia vem da Rússia (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 14h00.

Bruxelas - A União Europeia preparará até o próximo mês de junho um plano de ação para reduzir sua dependência energética, especialmente da Rússia, anunciou nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

"Os dirigentes da UE pediram à Comissão Europeia um plano de ação concreto para o mês de junho", declarou Van Rompuy na coletiva de imprensa final da cúpula de dois dias em Bruxelas.

Van Rompuy alertou que, se os 28 não agirem agora, "em 2035 seremos dependentes em 80% das importações de petróleo e gás".

Quase um quarto do gás consumido atualmente na União Europeia (UE) vem da Rússia, em baixa em comparação com o início de 2000.

"A Europa tem de acelerar essa taxa para reduzir sua dependência", insistiu o presidente do Conselho.

"Temos de avançar para uma união energética", 64 anos após o nascimento da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), precursora da União Europeia (UE).

Van Rompuy indicou que os líderes esperavam ter um mercado energético em 2014, e tomar ações concretas sobre as interconexões para 2015.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, defendeu na cúpula o projeto do gasoduto Midcat, que ligará o Magrebe à França via Espanha, cuja realização foi recentemente adiada.

"Para o governo espanhol o importante é um compromisso firme sobre as interconexões", disse Rajoy em uma entrevista coletiva.

Ele acrescentou que "vai acelerar o uso de fundos europeus para financiar infra-estruturas".

"Um mercado mais integrado e interconectado é essencial. As conclusões (da cúpula) refletem os interesses manifestados pela Espanha", acrescentou.

A Espanha produz mais do que o dobro da energia consumida, mas falta interconexões que permitam vendê-la, lembrou Rajoy.

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