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Ucrânia suspende transporte de cargas à Crimeia

Em carta remetida ao Executivo, Poroshenko destacou que a Ucrânia deve estabelecer o modelo de relações que manterá com Crimeia

Soldado ucraniano: a Crimeia tem sofrido nos últimos dias com a grave falta de energia elétrica (Valentyn Ogirenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 11h29.

Moscou - O governo da Ucrânia suspendeu temporariamente nesta segunda-feira o transporte de cargas entre Ucrânia e península da Crimeia .

"Por iniciativa do primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, o governo da Ucrânia proíbe temporariamente o trânsito de fluxos de cargas na fronteira administrativa entre Ucrânia e Crimeia", dizia um comunicado emitido pelo gabinete de imprensa do Executivo ucraniano.

Pouco antes, o presidente do país, Petro Poroshenko, se dirigiu ao governo para propor a suspensão imediata do transporte de cargas por trem e estrada ao território anexado por Moscou em março de 2014 e reclamado desde então por Kiev.

Em carta remetida ao Executivo, Poroshenko destacou que a Ucrânia deve estabelecer o modelo de relações que manterá com Crimeia.

Desde setembro, um grupo de nacionalistas ucranianos impede a passagem de mercadorias ucranianas à Crimeia, território anexado pela Rússia.

Os ativistas "exigem que as relações comerciais sejam cortadas com o território ocupado", lembrou Poroshenko.

A Crimeia tem sofrido nos últimos dias com a grave falta de energia elétrica, depois que um grupo de radicais explodiu no sul da Ucrânia as únicas quatro torres de alta tensão que fornecem energia ao território anexado.

O Ministério de Energia da Ucrânia negou responsabilidade no blecaute e informou que está fazendo todo o possível para restabelecer a rede, já que o corte afetou também vários municípios ucranianos.

Ontem à noite, perto dos postes de alta tensão aconteceram enfrentamentos entre a polícia e os ativistas, que querem impedir que os técnicos reparassem o problema.

Autoridades crimeanas e representantes do governo russo tacharam de "ato terrorista" o corte de energia à península, responsabilizaram os ultranacionalistas e à minoria tártara, e acusaram Poroshenko de ficar do lado dos terroristas.

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Pouco antes, o presidente do país, Petro Poroshenko, se dirigiu ao governo para propor a suspensão imediata do transporte de cargas por trem e estrada ao território anexado por Moscou em março de 2014 e reclamado desde então por Kiev.

Em carta remetida ao Executivo, Poroshenko destacou que a Ucrânia deve estabelecer o modelo de relações que manterá com Crimeia.

Desde setembro, um grupo de nacionalistas ucranianos impede a passagem de mercadorias ucranianas à Crimeia, território anexado pela Rússia.

Os ativistas "exigem que as relações comerciais sejam cortadas com o território ocupado", lembrou Poroshenko.

A Crimeia tem sofrido nos últimos dias com a grave falta de energia elétrica, depois que um grupo de radicais explodiu no sul da Ucrânia as únicas quatro torres de alta tensão que fornecem energia ao território anexado.

O Ministério de Energia da Ucrânia negou responsabilidade no blecaute e informou que está fazendo todo o possível para restabelecer a rede, já que o corte afetou também vários municípios ucranianos.

Ontem à noite, perto dos postes de alta tensão aconteceram enfrentamentos entre a polícia e os ativistas, que querem impedir que os técnicos reparassem o problema.

Autoridades crimeanas e representantes do governo russo tacharam de "ato terrorista" o corte de energia à península, responsabilizaram os ultranacionalistas e à minoria tártara, e acusaram Poroshenko de ficar do lado dos terroristas.

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