Ucrânia revela que a Rússia pediu para adiar acordo com UE
O primeiro-ministro ucraniano confirmou que a Rússia pediu a seu país que adiasse a assinatura do acordo de associação com a União Europeia
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 12h37.
Kiev - O primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov confirmou nesta terça-feira que a Rússia pediu a seu país que adiasse a assinatura do acordo de associação com a União Europeia (UE), o que desatou críticas da oposição e manifestações populares.
"A Rússia propôs adiar a assinatura e iniciar negociações", declarou Azarov. A UE acusa Moscou de ter pressionado Kiev para impedir o acordo.
O premiê afirmou, no entanto, que nada foi acertado com a Rússia em termos de compensações para o acordo abortado com a EUA.
"Iniciamos negociações no início de dezembro com a Rússia sobre o restabelecimento das relações comerciais e econômicas normais", declarou ainda, criticando o fato de a UE não ter oferecido apoio necessário em uma situação econômica difícil na qual se encontra.
Em função da suspensão do acordo com a UE, líder opositora ucraniana Yulia Timoshenko, atualmente presa por abuso de poder, prosseguia nesta terça-feira com sua greve de fome em solidariedade para com os manifestantes que denunciam a decisão governamental.
Cerca de 200 pessoas estão acampadas na praça Europa, centro de Kiev, e uma grande manifestação está prevista para o início da tarde, com previsão de reunir cerca de 20 mil manifestantes.
Não muito longe dali, outras 150 pessoas se concentram ante a sede do governo, exigindo que o presidente, Viktor Yanukovich, e o primeiro-ministro, Mykola Azarov, voltem atrás em sua decisão, que consideram ditada pela Rússia.
Na véspera, Yanukovich fez um apelo à paz.
"Quero que a paz e a calma reinem na nossa grande família ucraniana", disse Yanukovich, em discurso transmitido pela TV e publicado em seu portal oficial.
"Algumas vezes tenho que tomar decisões difíceis e corro o risco de ser incompreendido (...), mas nunca farei algo em detrimento da Ucrânia, nem do nosso povo, quero que todos saibam", reforçou.
Foi a primeira declaração oficial de Yanukovich depois do anúncio, na semana passada, da decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura de um acordo histórico entre a antiga república soviética e a UE.
Milhares de opositores pró-europeus protestaram na segunda-feira, em Kiev, contra o repúdio deste acordo de associação com a União Europeia que, segundo eles, obriga o país a depender da Rússia.
A União Europeia anunciou que este acordo continua sobre a mesa.
Já a opositora Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária política de Yanukovich, que cumpre pena de sete meses de prisão por uma acusação de abuso de poder que ela denuncia como uma vingança política, anunciou na noite desta segunda-feira que tinha iniciado uma greve de fome "em solidariedade" com os manifestantes.
"Começo uma greve de fome ilimitada para pedir a Yanukovich que firme o acordo de associação com a UE", declarou em uma carta lida por seu advogado, Serguei Vlassenko, diante de mil manifestantes pró-europeus reunidos no centro de Kiev.
Mesmo que Kiev rejeite por enquanto a oferta dos europeus, o presidente Yanukovich "planeja viajar à cúpula da Associação oriental da UE em Vilnus", durante a qual um acordo de associação com a Ucrânia devia ser inicialmente firmado, declarou o chefe da diplomacia em Kiev, Leonid Kojara.
A UE tinha denunciado nesta segunda-feira a "pressão externa que a Ucrânia experimenta" e desaprovou a "posição da Rússia, assim como suas ações" contra este país.
As atuais manifestações são as maiores realizadas na Ucrânia desde a Revolução Laranja, partidária da aproximação com a Europa, em 2004.
Kiev - O primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov confirmou nesta terça-feira que a Rússia pediu a seu país que adiasse a assinatura do acordo de associação com a União Europeia (UE), o que desatou críticas da oposição e manifestações populares.
"A Rússia propôs adiar a assinatura e iniciar negociações", declarou Azarov. A UE acusa Moscou de ter pressionado Kiev para impedir o acordo.
O premiê afirmou, no entanto, que nada foi acertado com a Rússia em termos de compensações para o acordo abortado com a EUA.
"Iniciamos negociações no início de dezembro com a Rússia sobre o restabelecimento das relações comerciais e econômicas normais", declarou ainda, criticando o fato de a UE não ter oferecido apoio necessário em uma situação econômica difícil na qual se encontra.
Em função da suspensão do acordo com a UE, líder opositora ucraniana Yulia Timoshenko, atualmente presa por abuso de poder, prosseguia nesta terça-feira com sua greve de fome em solidariedade para com os manifestantes que denunciam a decisão governamental.
Cerca de 200 pessoas estão acampadas na praça Europa, centro de Kiev, e uma grande manifestação está prevista para o início da tarde, com previsão de reunir cerca de 20 mil manifestantes.
Não muito longe dali, outras 150 pessoas se concentram ante a sede do governo, exigindo que o presidente, Viktor Yanukovich, e o primeiro-ministro, Mykola Azarov, voltem atrás em sua decisão, que consideram ditada pela Rússia.
Na véspera, Yanukovich fez um apelo à paz.
"Quero que a paz e a calma reinem na nossa grande família ucraniana", disse Yanukovich, em discurso transmitido pela TV e publicado em seu portal oficial.
"Algumas vezes tenho que tomar decisões difíceis e corro o risco de ser incompreendido (...), mas nunca farei algo em detrimento da Ucrânia, nem do nosso povo, quero que todos saibam", reforçou.
Foi a primeira declaração oficial de Yanukovich depois do anúncio, na semana passada, da decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura de um acordo histórico entre a antiga república soviética e a UE.
Milhares de opositores pró-europeus protestaram na segunda-feira, em Kiev, contra o repúdio deste acordo de associação com a União Europeia que, segundo eles, obriga o país a depender da Rússia.
A União Europeia anunciou que este acordo continua sobre a mesa.
Já a opositora Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária política de Yanukovich, que cumpre pena de sete meses de prisão por uma acusação de abuso de poder que ela denuncia como uma vingança política, anunciou na noite desta segunda-feira que tinha iniciado uma greve de fome "em solidariedade" com os manifestantes.
"Começo uma greve de fome ilimitada para pedir a Yanukovich que firme o acordo de associação com a UE", declarou em uma carta lida por seu advogado, Serguei Vlassenko, diante de mil manifestantes pró-europeus reunidos no centro de Kiev.
Mesmo que Kiev rejeite por enquanto a oferta dos europeus, o presidente Yanukovich "planeja viajar à cúpula da Associação oriental da UE em Vilnus", durante a qual um acordo de associação com a Ucrânia devia ser inicialmente firmado, declarou o chefe da diplomacia em Kiev, Leonid Kojara.
A UE tinha denunciado nesta segunda-feira a "pressão externa que a Ucrânia experimenta" e desaprovou a "posição da Rússia, assim como suas ações" contra este país.
As atuais manifestações são as maiores realizadas na Ucrânia desde a Revolução Laranja, partidária da aproximação com a Europa, em 2004.