Ucrânia quer investigação internacional de crimes na Crimeia
País já deu ao tribunal mundial autoridade para investigar crimes no seu território no período que antecedeu queda do ex-presidente Viktor Yanukovich
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2015 às 11h40.
Haia - A Ucrânia deseja que o Tribunal Penal Internacional investigue todos os supostos crimes de guerra recentes na Crimeia e no leste ucraniano, disse o chanceler do país, Pavlo Klimkin, em uma entrevista na qual falou sobre a ampliação da investigação em andamento.
A Ucrânia já deu ao tribunal mundial a autoridade para investigar crimes no seu território de 21 de novembro de 2013 a 22 de fevereiro de 2014, período que antecedeu a queda do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich.
As crises na Crimeia e no leste surgiram mais tarde, em 2014.
"Estamos muito otimistas sobre mais, definitivamente mais, envolvimento do TPI", afirmou Klimkin à Reuters, antes de se reunir com o presidente e o procurador do tribunal nesta sexta-feira.
A competência do TPI abrangeria "tudo sob o mandato (do TPI), incluindo crimes contra a humanidade", disse.
Klimkin citou o ataque contra o porto estratégico de Mariupol, no leste da Ucrânia, que matou 30 pessoas em janeiro, como um exemplo de crime contra a humanidade.
"O bombardeio matou, em segundos, mais de 30 pessoas e feriu gravemente 100 pessoas", declarou Klimkin.
"Se você deliberadamente bombardeia e, enfatizo, deliberadamente bombardeia cidades, matando civis, é uma situação completamente diferente (de operações militares) e temos que envolver o TPI."
A investigação mais ampla proposta por Klimkin iria pela primeira vez considerar as alegações de envolvimento direto russo no conflito no leste da Ucrânia, que a Rússia nega.
Procuradores do TPI começaram sua investigação preliminar em abril do ano passado, depois que o governo da Ucrânia lhes pediu que investigassem as alegações de que as tropas de Yanukovich tinham matado mais de 100 manifestantes em Kiev e outras cidades.
O período de referência vai até pouco antes de a Rússia anexar a Crimeia, por isso a investigação até agora exclui quaisquer crimes que possam ter sido cometidos por tropas apoiadas pelos russos.
Alex Whiting, um ex-procurador do TPI, disse que a submissão de um novo pedido poderia forçar uma investigação por parte do TPI do conflito na Ucrânia em geral.
"Os promotores de certo modo se acomodaram sobre isso, porque é mais complicado se houve crimes de guerra", disse.
"Mas aqui (Crimeia e leste da Ucrânia) houve alegações generalizadas de crimes de guerra e até mesmo crimes contra a humanidade, por isso vai ser muito mais difícil ignorar."
Haia - A Ucrânia deseja que o Tribunal Penal Internacional investigue todos os supostos crimes de guerra recentes na Crimeia e no leste ucraniano, disse o chanceler do país, Pavlo Klimkin, em uma entrevista na qual falou sobre a ampliação da investigação em andamento.
A Ucrânia já deu ao tribunal mundial a autoridade para investigar crimes no seu território de 21 de novembro de 2013 a 22 de fevereiro de 2014, período que antecedeu a queda do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich.
As crises na Crimeia e no leste surgiram mais tarde, em 2014.
"Estamos muito otimistas sobre mais, definitivamente mais, envolvimento do TPI", afirmou Klimkin à Reuters, antes de se reunir com o presidente e o procurador do tribunal nesta sexta-feira.
A competência do TPI abrangeria "tudo sob o mandato (do TPI), incluindo crimes contra a humanidade", disse.
Klimkin citou o ataque contra o porto estratégico de Mariupol, no leste da Ucrânia, que matou 30 pessoas em janeiro, como um exemplo de crime contra a humanidade.
"O bombardeio matou, em segundos, mais de 30 pessoas e feriu gravemente 100 pessoas", declarou Klimkin.
"Se você deliberadamente bombardeia e, enfatizo, deliberadamente bombardeia cidades, matando civis, é uma situação completamente diferente (de operações militares) e temos que envolver o TPI."
A investigação mais ampla proposta por Klimkin iria pela primeira vez considerar as alegações de envolvimento direto russo no conflito no leste da Ucrânia, que a Rússia nega.
Procuradores do TPI começaram sua investigação preliminar em abril do ano passado, depois que o governo da Ucrânia lhes pediu que investigassem as alegações de que as tropas de Yanukovich tinham matado mais de 100 manifestantes em Kiev e outras cidades.
O período de referência vai até pouco antes de a Rússia anexar a Crimeia, por isso a investigação até agora exclui quaisquer crimes que possam ter sido cometidos por tropas apoiadas pelos russos.
Alex Whiting, um ex-procurador do TPI, disse que a submissão de um novo pedido poderia forçar uma investigação por parte do TPI do conflito na Ucrânia em geral.
"Os promotores de certo modo se acomodaram sobre isso, porque é mais complicado se houve crimes de guerra", disse.
"Mas aqui (Crimeia e leste da Ucrânia) houve alegações generalizadas de crimes de guerra e até mesmo crimes contra a humanidade, por isso vai ser muito mais difícil ignorar."