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Ucrânia obtém socorro do FMI de US$ 27 bi

Ajuda foi acelerada para o país depois da anexação da Crimeia pela Rússia


	Soldado ucraniano monta guarda ao lado da vila de Salkovo, na região de Kherson: FMI anunciou um crédito de até US$ 18 bilhões em troca de duras reformas econômicas
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Soldado ucraniano monta guarda ao lado da vila de Salkovo, na região de Kherson: FMI anunciou um crédito de até US$ 18 bilhões em troca de duras reformas econômicas (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 21h22.

Kiev/Moscou - A Ucrânia conseguiu uma ajuda financeira salvadora no valor de 27 bilhões de dólares nesta quinta-feira, acelerada para o país depois da anexação da Crimeia pela Rússia, ao mesmo tempo que o ministro russo da Economia admitia em Moscou que o crescimento de seu país irá diminuir dramaticamente, já que muitos investidores estão deixando o país.

O Fundo Monetário Internacional anunciou um crédito de 14 a 18 bilhões de dólares para Kiev, em troca de duras reformas econômicas que irão desbloquear novas ajudas da União Europeia, Estados Unidos e outros credores ao longo de dois anos, efetivamente empurrando a Ucrânia para mais perto da Europa.

Elevando a temperatura política, a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, libertada da prisão no mês passado depois que o presidente Viktor Yanukovich, seu arquirrival, abandonou o poder em Kiev, anunciou que vai concorrer novamente à Presidência na eleição de 25 de maio.

O acordo com o FMI foi um impulso para o governo pró-ocidental que no mês passado substituiu Yanukovich -- apoiado pela Rússia--, o que levou Moscou a se apropriar da Crimeia.

"O apoio financeiro da comunidade internacional, mais amplo que o programa, vai desbloquear valores de até 27 bilhões de euros nos próximos dois anos", disse um comunicado do FMI.

O FMI afirmou que não vê a necessidade de reestruturar a dívida da Ucrânia, por enquanto.

O Parlamento ucraniano aprovou depois uma lei de aceitação das medidas de austeridade exigidas pelo FMI, depois de inicialmente votar contra ela.

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