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Ucrânia não tem 'opções militares' para conter Rússia

Praticamente todas as instalações militares da Crimeia já foram tomadas pelos russos, de acordo com as Forças Armadas

Pessoas observam navio russo na Crimeia, região da Ucrânia (Baz Ratner/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 14h53.

Kiev - As Forças Armadas ucranianas admitiram nesta segunda-feira que tropas russas cercaram ou tomaram "praticamente todas" as instalações militares da Crimeia. Embora Moscou afirme que a medida tem como objetivo proteger os russos étnicos da região, não há relatos de qualquer hostilidade em relação aos falantes da língua russa na península desde o início da crise.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia também emitiu um comunicado dizendo que Moscou acredita que a Ucrânia deve honrar o acordo de 21 de fevereiro, assinado pelo então presidente Viktor Yanukovich, para a formação de um novo governo de união nacional e o encerramento da crise. Yanukovich fugiu do país após assinar o acordo com a oposição. O enviado russo, que participou nas negociações, não assinou o acordo, embora após a fuga do ex-presidente Moscou tenha insistido em sua implementação.

Em Kiev, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk admitiu que seu país "não tem opções militares sobre a mesa" para reverter a presença militar russa na região da Crimeia.

Embora Yatsenyuk tenha pedido ajuda externa e afirme que a Crimeia ainda faz parte da Ucrânia , ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) realizaram uma reunião de emergência sobre o caso e disseram que uma resposta à Rússia pode incluir sanções econômicas, mas não ações militares.

Os acontecimentos na Ucrânia se desenrolaram com bastante rapidez nesta segunda-feira. Além de tomar quartéis e postos de fronteira, as forças russas também controlam um terminal de balsas na cidade ucraniana de Kerch, que fica a 20 quilômetros, cruzando o mar, do território russo. Isso intensificou os temores de que Moscou poderá enviar ainda mais militares para a península da Crimeia por esta via.

O porta-voz dos guardas de fronteira, Sergei Astakhov, disse que os russos estão exigindo que os ucranianos transfiram sua fidelidade ao novo governo da Crimeia, que é pró Rússia. "Os russos estão agindo muito agressivamente, eles chegam derrubando portas e janelas e cortando as comunicações", disse ele.

Astakhov disse que quatro navios militares russos, 13 helicópteros e 8 aviões de transporte haviam chegado a Crimeia, violando o acordo que permitia apenas que a Rússia mantivesse a base naval no porto de Sebastopol. Agora, teme-se que a Rússia possa expandir seu controle para outras partes da Ucrânia, especialmente para o leste, onde há vários russos.

Para enfrentar a ameaça russa, o novo governo ucraniano tomou medidas para consolidar sua autoridade no país, nomeando novos governadores regionais no leste, conquistando o apoio de empresários importantes e demitindo o chefe da Marinha, depois de ele declarar lealdade ao governo da Crimeia.

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Kiev - As Forças Armadas ucranianas admitiram nesta segunda-feira que tropas russas cercaram ou tomaram "praticamente todas" as instalações militares da Crimeia. Embora Moscou afirme que a medida tem como objetivo proteger os russos étnicos da região, não há relatos de qualquer hostilidade em relação aos falantes da língua russa na península desde o início da crise.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia também emitiu um comunicado dizendo que Moscou acredita que a Ucrânia deve honrar o acordo de 21 de fevereiro, assinado pelo então presidente Viktor Yanukovich, para a formação de um novo governo de união nacional e o encerramento da crise. Yanukovich fugiu do país após assinar o acordo com a oposição. O enviado russo, que participou nas negociações, não assinou o acordo, embora após a fuga do ex-presidente Moscou tenha insistido em sua implementação.

Em Kiev, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk admitiu que seu país "não tem opções militares sobre a mesa" para reverter a presença militar russa na região da Crimeia.

Embora Yatsenyuk tenha pedido ajuda externa e afirme que a Crimeia ainda faz parte da Ucrânia , ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) realizaram uma reunião de emergência sobre o caso e disseram que uma resposta à Rússia pode incluir sanções econômicas, mas não ações militares.

Os acontecimentos na Ucrânia se desenrolaram com bastante rapidez nesta segunda-feira. Além de tomar quartéis e postos de fronteira, as forças russas também controlam um terminal de balsas na cidade ucraniana de Kerch, que fica a 20 quilômetros, cruzando o mar, do território russo. Isso intensificou os temores de que Moscou poderá enviar ainda mais militares para a península da Crimeia por esta via.

O porta-voz dos guardas de fronteira, Sergei Astakhov, disse que os russos estão exigindo que os ucranianos transfiram sua fidelidade ao novo governo da Crimeia, que é pró Rússia. "Os russos estão agindo muito agressivamente, eles chegam derrubando portas e janelas e cortando as comunicações", disse ele.

Astakhov disse que quatro navios militares russos, 13 helicópteros e 8 aviões de transporte haviam chegado a Crimeia, violando o acordo que permitia apenas que a Rússia mantivesse a base naval no porto de Sebastopol. Agora, teme-se que a Rússia possa expandir seu controle para outras partes da Ucrânia, especialmente para o leste, onde há vários russos.

Para enfrentar a ameaça russa, o novo governo ucraniano tomou medidas para consolidar sua autoridade no país, nomeando novos governadores regionais no leste, conquistando o apoio de empresários importantes e demitindo o chefe da Marinha, depois de ele declarar lealdade ao governo da Crimeia.

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