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Ucrânia e pró-Rússia assinam acordo de separação de forças

"O documento pressupõe uma redução da tensão na zona e, de fato, cria as condições nas quais as armas de fogo não poderão ser utilizadas", afirmou porta-voz

Rebeldes: acordo foi assinado por representantes da Ucrânia e Rússia (Maxim Shemetov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 11h00.

 Moscou - O governo <a href="https://exame.com.br/topicos/ucrania"><strong>ucraniano </strong></a>e os separatistas pró-Rússia alcançaram nesta quarta-feira em Minsk um novo acordo de separação de forças no leste da Ucrânia com mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na <a href="https://exame.com.br/topicos/europa"><strong>Europa </strong></a>(OSCE).</p> 

O acordo foi assinado por representantes da Ucrânia e Rússia e aprovado pelos delegados das autodenominadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, anunciou Martin Saiduk, representante especial da OSCE.

As zonas nas quais as forças de ambos os grupos terão que se retirar serão as localidades de Luganskaya, Petrovskoye e Zolotoe.

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A porta-voz da delegação ucraniana, Daria Olifer, expressou sua confiança que durante a aplicação deste acordo marco sejam pactuados os parâmetros para "uma possível separação de forças ao longo de toda a linha de confronto".

"O documento pressupõe uma redução da tensão na zona e, de fato, cria as condições nas quais as armas de fogo não poderão ser utilizadas", afirmou Olifer.

Além disso, destacou que o documento assinado hoje na capital bielorrussa também contempla o total cumprimento de anteriores acordos sobre a retirada da frente de armamento de menos de 100 milímetros de calibre.

A missão da OSCE se encarregará de maneira permanente de supervisionar e verificar o cumprimento do acordo marco nas três áreas citadas.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, anunciou na semana passada durante sua visita à Ucrânia uma nova trégua de uma semana no leste da Ucrânia, onde rege um cessar-fogo desde os Acordos de Minsk de fevereiro de 2015.

"Espero que possamos passar de uma trégua frágil a outra mais estável", disse Steinmeier em Kiev depois de se reunir com seu colega ucraniano, Pavel Klimkin.

O ministro alemão aproveitou a trégua para visitar junto a seu colega francês, Jean-Marc Ayrault, as zonas da região de Donetsk sob controle governamental.

Por sua vez, Ayrault ressaltou que Paris e Berlim trabalham para retomar as negociações em nível de presidentes no chamado formato de Normandia (Ucrânia, Rússia, Alemanha e França).

Ayrault insistiu que Kiev deve aprovar uma lei sobre a concessão de um status especial às zonas sob controle separatista e outra sobre a realização de eleições nesses territórios pró-Rússia, e declarar uma anistia para os envolvidos no conflito.

As negociações de paz estão estagnadas, entre outras coisas, pela falta de acordo sobre as eleições nas zonas controladas pelos separatistas, já que Kiev exige garantias de segurança e a presença de observadores internacionais.

Além disso, Ucrânia reivindica o controle da fronteira entre as regiões de Donetsk e Lugansk e o território russo, enquanto Moscou pede a Kiev que aprove antes uma lei que outorgue altas doses de autonomia às zonas separatistas.

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