Ucrânia diz que UE será fiadora de acordo de gás com Rússia
As conversas mediadas pela UE para desbloquear o envio de gás russo à Ucrânia serão retomadas nesta quinta-feira, informou a Comissão Europeia
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2014 às 14h24.
Bruxelas/Kiev - A Ucrânia e a União Europeia acertaram que o braço executivo da entidade servirá como fiador de qualquer acordo de fornecimento de gás da Rússia para Kiev, afirmou o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, nesta quinta-feira.
O ministro russo da Energia, Alexander Novak, entretanto, disse que Moscou e Kiev poderiam assinar um acordo ainda na quinta-feira se todos os documentos necessários forem finalizados.
As conversas mediadas pela UE para desbloquear o envio de gás russo à Ucrânia serão retomadas nesta quinta-feira, informou a Comissão Europeia, mas Moscou reiterou sua exigência de pagamento adiantado por futuros suprimentos.
A exportadora de gás russa Gazprom interrompeu o fornecimento para os ucranianos em junho, alegando ter contas vencidas.
As discussões mais recentes, que terminaram nas primeiras horas desta quinta-feira, não progrediram.
“Nós e a Comissão Europeia chegamos a um acordo segundo o qual a Comissão será uma fiadora virtual do cumprimento russo de suas obrigações no tocante a um preço justo”, afirmou Yatseniuk durante uma reunião do governo em Kiev.
Foram preparados documentos conjuntos determinando o entendimento, que agora estão com os governos de Moscou e Kiev para aprovação, anunciou uma porta-voz da Comissão, sediada em Bruxelas, em um comunicado.
“As consultas trilaterais irão continuar ao longo do dia (quinta-feira)”, disse ela.
Novak afirmou que Moscou insiste em sua exigência de ser pago antecipadamente.
“Todo o fornecimento futuro durante o inverno (regional) deve ser pré-pago antes do início do envio”, afirmou Novak durante uma reunião governamental presidida pelo primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.
Yatseniuk disse que a posição da Ucrânia em Bruxelas é que o preço do gás natural russo deve ser de 378 dólares por cada mil metros cúbicos até o final de 2014, e cair para 365 dólares no primeiro trimestre de 2015.
Um funcionário do Ministério russo da Energia confirmou as cifras anunciadas pelo premiê ucraniano, relatou a agência de notícias russa RIA.
Yatseniuk afirmou que Kiev está disposta a saldar as dívidas de gás previamente fornecido logo após a assinatura de um acordo. Um total de 1,45 bilhão de dólares seriam pagos de imediato e outros 1,65 bilhão até o final do ano, disse.
Autoridades da UE declararam que Kiev, como Moscou, está sendo firme nas negociações e que o governo ucraniano anseia em angariar apoio público para qualquer pacto.
Apesar do entendimento quanto ao preço, o volume a ser fornecido e o pagamento de contas vencidas, Moscou quer mais garantias legais de que Kiev tem condição de arcar antecipadamente com parte dos 1,6 bilhão de dólares para novas levas de gás.
A Ucrânia está discutindo com seus credores prévios, a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas os negociadores russos disseram querer um acordo assinado comprovando o financiamento do bloco europeu à Ucrânia.
A interrupção no suprimento de gás teve pouco impacto nos últimos meses, mas à medida que as temperaturas despencam abaixo de zero, a pressão aumenta.
A estatal ucraniana de gás Naftogaz já separou 3,1 bilhões de dólares em uma conta vinculada especial para pagar as dívidas pendentes.
Bruxelas/Kiev - A Ucrânia e a União Europeia acertaram que o braço executivo da entidade servirá como fiador de qualquer acordo de fornecimento de gás da Rússia para Kiev, afirmou o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, nesta quinta-feira.
O ministro russo da Energia, Alexander Novak, entretanto, disse que Moscou e Kiev poderiam assinar um acordo ainda na quinta-feira se todos os documentos necessários forem finalizados.
As conversas mediadas pela UE para desbloquear o envio de gás russo à Ucrânia serão retomadas nesta quinta-feira, informou a Comissão Europeia, mas Moscou reiterou sua exigência de pagamento adiantado por futuros suprimentos.
A exportadora de gás russa Gazprom interrompeu o fornecimento para os ucranianos em junho, alegando ter contas vencidas.
As discussões mais recentes, que terminaram nas primeiras horas desta quinta-feira, não progrediram.
“Nós e a Comissão Europeia chegamos a um acordo segundo o qual a Comissão será uma fiadora virtual do cumprimento russo de suas obrigações no tocante a um preço justo”, afirmou Yatseniuk durante uma reunião do governo em Kiev.
Foram preparados documentos conjuntos determinando o entendimento, que agora estão com os governos de Moscou e Kiev para aprovação, anunciou uma porta-voz da Comissão, sediada em Bruxelas, em um comunicado.
“As consultas trilaterais irão continuar ao longo do dia (quinta-feira)”, disse ela.
Novak afirmou que Moscou insiste em sua exigência de ser pago antecipadamente.
“Todo o fornecimento futuro durante o inverno (regional) deve ser pré-pago antes do início do envio”, afirmou Novak durante uma reunião governamental presidida pelo primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.
Yatseniuk disse que a posição da Ucrânia em Bruxelas é que o preço do gás natural russo deve ser de 378 dólares por cada mil metros cúbicos até o final de 2014, e cair para 365 dólares no primeiro trimestre de 2015.
Um funcionário do Ministério russo da Energia confirmou as cifras anunciadas pelo premiê ucraniano, relatou a agência de notícias russa RIA.
Yatseniuk afirmou que Kiev está disposta a saldar as dívidas de gás previamente fornecido logo após a assinatura de um acordo. Um total de 1,45 bilhão de dólares seriam pagos de imediato e outros 1,65 bilhão até o final do ano, disse.
Autoridades da UE declararam que Kiev, como Moscou, está sendo firme nas negociações e que o governo ucraniano anseia em angariar apoio público para qualquer pacto.
Apesar do entendimento quanto ao preço, o volume a ser fornecido e o pagamento de contas vencidas, Moscou quer mais garantias legais de que Kiev tem condição de arcar antecipadamente com parte dos 1,6 bilhão de dólares para novas levas de gás.
A Ucrânia está discutindo com seus credores prévios, a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas os negociadores russos disseram querer um acordo assinado comprovando o financiamento do bloco europeu à Ucrânia.
A interrupção no suprimento de gás teve pouco impacto nos últimos meses, mas à medida que as temperaturas despencam abaixo de zero, a pressão aumenta.
A estatal ucraniana de gás Naftogaz já separou 3,1 bilhões de dólares em uma conta vinculada especial para pagar as dívidas pendentes.