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Ucrânia ataca base militar na Rússia pelo segundo dia seguido

Roman Starovoit, governador da região russa de Kursk, confirmou que ao menos um drone atingiu uma instalação de petróleo perto de um aeroporto na região fronteiriça com a Ucrânia

Ucrânia: um dia antes o país já havia usado drones para atacar duas bases militares russas (AFP/AFP Photo)

Ucrânia: um dia antes o país já havia usado drones para atacar duas bases militares russas (AFP/AFP Photo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 12h23.

Última atualização em 6 de dezembro de 2022 às 12h55.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se com conselheiros militares para discutir a segurança interna do país nesta terça-feira, 6, após a Ucrânia atacar pelo segundo dia consecutivo alvos militares em território russo. De acordo com autoridades ligadas ao Kremlin, Kiev realizou um ataque com drone próximo a um aeroporto que opera voos militares e civis nesta terça.

Roman Starovoit, governador da região russa de Kursk, confirmou que ao menos um drone atingiu uma instalação de petróleo perto de um aeroporto na região fronteiriça com a Ucrânia. Segundo Starovoit, serviços de emergência foram acionados para apagar o incêndio e ninguém ficou ferido.

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Vídeos e imagens compartilhados pelas redes sociais mostram um grande incêndio com nuvens de fumaça visíveis de toda a cidade em Kursk. Algumas gravações foram compartilhadas nas redes sociais pelo conselheiro do Ministério das Relações Exteriores ucraniano Anton Gerashchenko. Ele não reivindicou a autoria do ataque.

Um dia antes, a Ucrânia já havia usado drones para atacar duas bases militares russas a centenas de quilômetros dentro da Rússia — o aeroporto de Engels, na região de Saratov, e a base militar de Diagilevo, no centro de Ryazan —, de acordo com o Ministério da Defesa russo e um alto funcionário ucraniano que falou sob condição de anonimato com o The New York Times.

O relatório do Ministério da Defesa da Rússia sobre os ataques desta segunda-feira, 5, apontam que três soldados morreram e outros quatro ficaram feridos durante os bombardeios. Duas aeronaves também teriam sido danificadas.

Em uma atualização sobre o andamento da guerra nesta terça-feira a Ucrânia confirmou que 15 ataques contra pessoal, armas e equipamentos militares russos foram realizados na segunda-feira, com outros cinco ataques visando posições inimigas com sistemas de mísseis antiaéreos, disse. O anúncio não mencionou especificamente ataques dentro do território russo.

Em Moscou, Putin marcou uma reunião do Conselho de Segurança para discutir como garantir a "segurança interna", mas o Kremlin não deu detalhes sobre quais pontos específicos seriam discutidos e que tipo de anúncio ou abordagem poderia sair deste encontro da cúpula de Defesa.

Falando à imprensa separadamente, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, disse que as autoridades estão tomando medidas "necessárias" para proteger o país dos ataques ucranianos. "É claro que a intenção abertamente declarada do regime ucraniano de continuar com esse tipo de ato terrorista é um fator perigoso", afirmou. (Com agências internacionais).

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