Redatora
Publicado em 4 de maio de 2024 às 15h52.
Massachusetts se tornou palco de uma acirrada divergência sobre se motoristas dos aplicativos Uber e Lyft deveriam ser tratados como funcionários das empresas ou não. Na segunda-feira, 6, a corte estatal ouvirá discussões sobre o assunto.
Enquanto as companhias pretendem que esses indivíduos sejam considerados contratados independentes, há propostas para que eles se tornem verdadeiros empregados dessas empresas, inclusive com o direito de formar sindicatos.
Advogados da Uber já disseram que uma mudança nesse sentido poderia fazer com que o aplicativo encerrasse suas atividades no estado.
De acordo com a Uber e a Lyft, seus motoristas não devem ser considerados funcionários devido à flexibilidade do trabalho e à possibilidade dessas pessoas trabalharem para aplicativos concorrentes simultaneamente. Já os defensores do ponto de vista oposto argumentam que essas empresas detêm controle sobre as condições de trabalho dos motoristas, motivo pelo qual eles deveriam ser considerados seus empregados.
Outros estados também têm enfrentado o mesmo debate. Em Nova York, por exemplo, a Uber e a Lyft fecharam um acordo de 328 milhões de dólares para resolver acusações de que teriam atrasado o pagamento de motoristas.
Já em Minnesota, a cidade de Minneapolis decidiu, há duas semanas, retroceder em sua tentativa de estabelecer um aumento do pagamento de motoristas de app. Consequentemente, as empresas de transporte anunciaram que permanecerão na cidade por mais tempo do que o previsto, uma vez que haviam declarado sua saída do município em razão da possível mudança legislativa.
Com informações da Reuters.