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Turquia prende dois jornalistas britânicos e um iraquiano

Os repórteres, Jake Hanrahan e Philip Pendlebury, e o tradutor iraquiano cobriam o conflito curdo no sudeste da Turquia para a "Vice News"


	Manifestantes curdos enfrentam policiais na Turquia: procuradoria turca acusa jornalistas e seu tradutor de "trabalharem a favor da organização terrorista EI"
 (Ozan Kose/AFP)

Manifestantes curdos enfrentam policiais na Turquia: procuradoria turca acusa jornalistas e seu tradutor de "trabalharem a favor da organização terrorista EI" (Ozan Kose/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 09h26.

Istambul - Um tribunal de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, decretou a prisão preventiva de dois jornalistas britânicos e de seu tradutor iraquiano, informou nesta terça-feira o jornal turco "Hürriyet".

Os repórteres, Jake Hanrahan e Philip Pendlebury, e o tradutor iraquiano cobriam o conflito curdo no sudeste da Turquia para a "Vice News", um meio de comunicação americano, e foram detidos na quinta-feira na província de Diyarbakir junto com seu motorista.

A procuradoria turca acusa os dois jornalistas e seu tradutor de "trabalharem a favor da organização terrorista Estado Islâmico (EI)", embora no documento a acusação não esclareça qual seria essa atividade.

O tribunal decretou a prisão preventiva dos três acusados e a libertação de seu motorista, um cidadão turco.

A "Vice", em seu site, condenou firmemente a decisão, e "a intenção do governo turco de silenciar nossos repórteres que cobriam as questões mais importantes da região", afirmou Kevin Sutcliffe, diretor de programação de notícias da "Vice" na Europa.

O PEN Clube International, organização de escritores e comunicadores que promove a liberdade de expressão, emitiu um comunicado em que pede a libertação imediata dos repórteres e classifica sua detenção de "assédio inaceitável, parte de uma tendência crescente na Turquia de coagir jornalistas que investigam alguns dos temas mais importantes e delicados do país".

A nota acusa diretamente o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de "tentar suprimir toda cobertura crítica, mas especialmente a referente ao conflito nas regiões majoritariamente curdas do sudeste".

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