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Turquia prende 121 pessoas por criticarem ofensiva na Síria

Ministro do Interior confirmou que as autoridades estão realmente vigiando tudo que vem sendo publicado na internet sobre a operação no país vizinho

Erdogan: presidente turco determinou ataque a tropas curdas na fronteira com a Síria após os Estados Unidos deixarem a região (Goran Tomasevic/Reuters)

Erdogan: presidente turco determinou ataque a tropas curdas na fronteira com a Síria após os Estados Unidos deixarem a região (Goran Tomasevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 12h50.

Ancara — As autoridades da Turquia prenderam 121 pessoas que publicaram em redes sociais comentários com críticas a ofensiva militar do Exército turco no nordeste da Síria contra as milícias curdas iniciada na última quarta-feira (9).

O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, confirmou nesta sexta que as autoridades estão realmente vigiando tudo que vem sendo publicado na internet sobre a operação no país vizinho.

"Enquanto nossos soldados estão dando a vida contra o terror lá (na Síria), não deixaremos que ninguém fale contra eles aqui", disse Soylu.

Até agora, "medidas legais" foram tomadas contra aproximadamente 500 pessoas por terem criticado a operação militar chamada pelo governo turco de "Fonte de Paz", das quais 121 foram presas, disse o ministro.

Os detidos são acusados de "incitação ao ódio e inimizade" e "propaganda a favor de uma organização terrorista" nas redes sociais.

Além disso, o ministro acusou as milícias curdas Unidades de Proteção Popular (YPG) de atacar civis na Síria e atribuir essa ação ao Exército turco.

Com sua incursão militar por terra e por ar na Síria, a Turquia busca assumir o controle de uma faixa de aproximadamente 30 quilômetros ao longo do território do país vizinho e expulsar dela a YPG, considerada um grupo terrorista por conta de sua ligação com grupo armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

No ano passado, durante uma operação militar da Turquia no enclave curdo de Afrín, cerca de 780 pessoas foram detidas devido aos seus comentários em redes sociais sobre essa intervenção do exército.

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