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Turquia nega violação do cessar-fogo na Síria

Os curdos denunciaram nesta sexta-feira (18) que a Turquia seguiu bombardeando a Síria, apesar do acordo de cessar-fogo

Turquia: Erdogan negou autoria dos ataques na Síria (Murat Kamaci/Presidential Press Office/Reuters)

Turquia: Erdogan negou autoria dos ataques na Síria (Murat Kamaci/Presidential Press Office/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 10h28.

Istambul - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, negou nesta sexta-feira que suas tropas sigam atacando às milícias curdas no norte da Síria e rejeitou a acusação que seu país esteja violando o cessar-fogo acordado ontem após pressão dos Estados Unidos.

"Não há combates. Isso é tudo desinformação. Não prestem atenção. Vamos reforçar os passos que tomamos até agora", disse Erdogan à imprensa local.

Hoje, as forças curdas denunciaram que o Exército turco seguiu bombardeando a cidade de Ras al Ain, mesmo com o cessar-fogo prevendo a retirada das milícias curdo-sírias da fronteira com a Turquia.

Jornalistas locais presentes na região da fronteira confirmaram à Agência Efe que a partir da cidade turca de Ceylanpinar, localizada do outro lado de Ras al Ain, uma coluna de fumaça pode ser vista e alguns tiros de artilharia são ouvidos.

A trégua prevê que as milícias curdo-sírias das Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG) se retirem do nordeste da Síria em um prazo de 120 horas.

As YPG deveriam se retirar do que a Turquia denomina de "zona de segurança", uma faixa na fronteira de 30 quilômetros que o governo de Erdogan diz estar sob controle.

"As 120 horas começam agora. As YPG deixarão a região que determinamos como 'zona de segurança'", declarou Erdogan, se referindo aos cinco dias que as milícias têm para abandonar a área.

"Nossas tropas não deixarão a área por enquanto. Vamos ficar para ver se esta organização terrorista (se referindo ao YPG) está saindo da área ou não", afirmou.

Erdogan disse estar em "contato constante" com as autoridades americanas, e lembrou que no próximo dia 22 se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a situação na Síria.

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