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Turquia nega repressão apesar de estado de emergência

Um parlamentar do principal partido de oposição disse que o estado de emergência criou "uma maneira de governar que abre caminho para os abusos"

Manifestante na Turquia: um parlamentar do principal partido de oposição disse que o estado de emergência criou "uma maneira de governar que abre caminho para os abusos" (Ammar Awad / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 15h52.

Istambul/Ancara - A Turquia procurou assegurar a seus cidadãos e ao restante do mundo nesta quinta-feira de que não haverá um retorno à repressão intensa do passado, apesar de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan , ter imposto o primeiro estado de emergência de âmbito nacional desde a década de 1980.

No momento em que as autoridades perseguem dezenas de milhares de pessoas no judiciário, na educação, nas Forças Armadas e no funcionalismo público na esteira do golpe militar fracassado de sexta-feira, um parlamentar do principal partido de oposição disse que o estado de emergência criou "uma maneira de governar que abre caminho para os abusos".

A Alemanha pediu que a medida seja revogada o mais rápido possível, e um grupo internacional de advogados alertou a Turquia para que não a utilize para subverter a lei e os direitos humanos, ressaltando as alegações de tortura e de maus tratos de pessoas detidas na operação repressiva de larga escala.

Ao anunciar o estado de emergência no final da quarta-feira, Erdogan disse que irá durar ao menos três meses e que irá permitir que seu governo adote medidas rápidas contra apoiadores do golpe, durante o qual 246 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas.

Sua adoção permitirá ao presidente e ao gabinete decretarem novas leis sem aprovação do parlamento e limitar ou suspender os direitos e as liberdades da forma que acharem necessário.

Para alguns turcos, a ação despertou o temor de uma volta aos dias de lei marcial que se seguiram ao golpe militar de 1980, ou ao auge da insurgência curda nos anos 1990, quando a maior parte do sudeste de maioria curda da nação foi submetida a um estado de emergência declarado pelo governo anterior.

Cerca de 60 mil soldados, policiais, juízes, servidores públicos e professores foram suspensos, detidos ou postos sob investigação desde que o golpe foi frustrado.

O vice-primeiro-ministro turco Mehmet Simsek, que já trabalhou em Wall Street e é visto por muitos como um dos políticos do governista Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) mais simpáticos aos investidores, usou a televisão, o Twitter e coletivas de imprensa para tentar apaziguar o nervosismo dos mercados financeiros e dissipar as comparações com o passado.

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No momento em que as autoridades perseguem dezenas de milhares de pessoas no judiciário, na educação, nas Forças Armadas e no funcionalismo público na esteira do golpe militar fracassado de sexta-feira, um parlamentar do principal partido de oposição disse que o estado de emergência criou "uma maneira de governar que abre caminho para os abusos".

A Alemanha pediu que a medida seja revogada o mais rápido possível, e um grupo internacional de advogados alertou a Turquia para que não a utilize para subverter a lei e os direitos humanos, ressaltando as alegações de tortura e de maus tratos de pessoas detidas na operação repressiva de larga escala.

Ao anunciar o estado de emergência no final da quarta-feira, Erdogan disse que irá durar ao menos três meses e que irá permitir que seu governo adote medidas rápidas contra apoiadores do golpe, durante o qual 246 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas.

Sua adoção permitirá ao presidente e ao gabinete decretarem novas leis sem aprovação do parlamento e limitar ou suspender os direitos e as liberdades da forma que acharem necessário.

Para alguns turcos, a ação despertou o temor de uma volta aos dias de lei marcial que se seguiram ao golpe militar de 1980, ou ao auge da insurgência curda nos anos 1990, quando a maior parte do sudeste de maioria curda da nação foi submetida a um estado de emergência declarado pelo governo anterior.

Cerca de 60 mil soldados, policiais, juízes, servidores públicos e professores foram suspensos, detidos ou postos sob investigação desde que o golpe foi frustrado.

O vice-primeiro-ministro turco Mehmet Simsek, que já trabalhou em Wall Street e é visto por muitos como um dos políticos do governista Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) mais simpáticos aos investidores, usou a televisão, o Twitter e coletivas de imprensa para tentar apaziguar o nervosismo dos mercados financeiros e dissipar as comparações com o passado.

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