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Turquia nega falta de liberdade de expressão no país

Além disso, de acordo com o ministro de Assuntos Exteriores, os jornalistas detidos nos últimos meses apoiavam uma organização terrorista

Jornal: o estado de emergência na Turquia após o golpe foi estabelecido para "garantir a democracia" (Murad Sezer/Reuters)

Jornal: o estado de emergência na Turquia após o golpe foi estabelecido para "garantir a democracia" (Murad Sezer/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 14h05.

Madri - O ministro de Assuntos Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, afirmou nesta quinta-feira que em seu país há liberdade de expressão e que os jornalistas detidos apoiavam uma organização terrorista, além de atribuir a má imagem do país à islamofobia na Europa.

Durante uma conferência em Madri, Çavusoglu se perguntou: "Jornalista tem imunidade?", "Qualquer jornalista pode estar envolvido em um golpe de Estado aqui ou em qualquer país da União Europeia?".

No mesmo tom, o ministro também se referiu aos juízes e procuradores leais ao clérigo islamita Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, que "vazaram informação confidencial" a outros países.

Çavusoglu afirmou que a imagem da Turquia foi deteriorada nos últimos anos, não só depois da tentativa de golpe de Estado em julho do ano passado, mas também "pela tendência islamofóbica na Europa".

O responsável de exteriores turco disse que as detenções e demissões de funcionários do governo após a tentativa de golpe aconteceram porque "esses rebeldes se voltaram contra o povo turco, acreditavam que esse imã (em referência a Güllen) é o Messias e queriam trazê-lo ao país como ocorreu no Irã com Khomeini".

Çavusoglu afirmou o estado de emergência na Turquia após o golpe foi estabelecido para "garantir a democracia" e lembrou que foi o povo turco quem se manifestou sem violência.

Com relação ao referendo constitucional do próximo dia 16 abril sobre o sistema presidencial proposto pelo governo de Recip Erdogan, o ministro considerou que a Turquia é um país "livre", onde qualquer um pode opinar o que quiser e que todos os processos eleitorais foram transparentes, tal como disse o Conselho da Europa.

Durante a votação haverá observadores da OCDE e do Conselho da Europa.

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