Mundo

Turquia não aceitará refugiados que já estão na Grécia

"O acordo abrange os que emigrarem ilegalmente depois de este acordo entrar em vigor; não se aplicará aos que já estão ali"


	Refugiados: segundo dados do Acnur, desde o início de 2016 chegaram à Grécia por via marítima 132 mil refugiados
 (Stoyan Nenov / Reuters)

Refugiados: segundo dados do Acnur, desde o início de 2016 chegaram à Grécia por via marítima 132 mil refugiados (Stoyan Nenov / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 09h47.

Istambul - O pré-acordo alcançado entre a Turquia e a União Europeia (UE) sobre a devolução de todos os refugiados e imigrantes que chegarem às ilhas gregas não valerá para os que já estão na Grécia, esclareceu nesta quinta-feira o ministro turco de Assuntos Europeus, Volkan Bozkir.

"O acordo abrange os que emigrarem ilegalmente depois de este acordo entrar em vigor; não se aplicará aos que já estão ali", afirmou Bozkir, citado pela agência semipública turca "Anadolu".

O ministro descartou que a devolução de refugiados da Grécia à Turquia signifique para seu país a chegada de "centenas de milhares ou milhões" de pessoas.

Estimou que se tratariam de milhares, "ou talvez o mais acertado seria dizer dez mil", avaliou.

Segundo o acordo, fechado na segunda-feira em Bruxelas, todos os refugiados ou imigrantes que chegarem ilegalmente às ilhas gregas serão deportados à Turquia.

Em troca, os países da UE aceitariam pela via legal um número igual de refugiados, principalmente sírios.

Segundo dados do Acnur, desde o início de 2016 chegaram à Grécia por via marítima 132 mil refugiados, a metade deles sírios, 25% afegãos e 16% iraquianos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise gregaEuropaGréciaPiigsRefugiadosTurquiaUnião Europeia

Mais de Mundo

Primeiro-ministro do Nepal perde moção de censura no Parlamento e terá que renunciar

Governo de Israel estenderá serviço militar obrigatório para três anos

Netanyahu desmente que Israel tenha intenção de abandonar a frontera de Gaza com Egito

Por que Taylor Swift pode influenciar Banco da Inglaterra na decisão sobre as taxas de juros

Mais na Exame